14 junho 2007

WNBA Brazil Tour

Devido ao alto nível do basquete feminino no Brasil (pelo menos dentro das quadras), a WNBA promoveu o WNBA BRAZIL TOUR em setembro de 1998, trazendo a seleção da WNBA para jogos com três equipes brasileiras. A promoção do evento coube à portuguesa Ticha Penicheiro (Sacramento).

Seleção da WNBA:

Lisa Leslie, Rebecca Lobbo, Theresa Weatherspoon, Sheryl Swwopes, Dawn Stanley, Suzie Maconell Serio, Wendy Palmer, Ticha Penecheiro, Nikita Sales, Tina Thompson, Niki MacGray.

Técnico: Van Chancellor

Dia 29 de setembro : Arcor – Santo André 74 X 79 WNBA

O Arcor – Santo André fez uma partida fantástica contra o WNBA TEAM. As atuações como sempre soberbas da ala Janeth Arcain (33pts, 11 em 18 arremessos de 2 e 11 em 12 lances livres) e da armadora Hellen ( 23pts, 6 em 11 arremessos de 3, 2 em 4 arremessos de 2 e 1 em 2 lances livres) mantiveram o equilíbrio da partida.

Ainda:

Gigi – 8 pontos : 2 em 4 arremessos de 3 e 2 lances livres;

Marina – 8 pontos : 4 em 9 arremessos de 2, 7 rebotes;

Maristela – 2 pontos : 1 em 3 arremessos de 2, 6 rebotes;

Simone Pontello e Mamá.



“ A número 5 (Hellen) é uma armadora muito ofensiva. Muito, muito boa. Acho que, nesta noite, achei uma nova Janeth. Mas se meus colegas treinadores me perguntarem, direi que ela não consegue nem driblar. Fiquei muito impressionado com o jogo dela e da número 55 (Gislaine) também.”

Van Chancellor



Janeth
33

Helen Luz
23

Gislaine
08

Marina
08

Maristela
02

Simone
00

Jucimara
00




Dia 30 de setembro : BCN 99 x 94 WNBA

O BCN fez uma partida extraordinária contra a seleção da WNBA. Depois de fazer um primeiro tempo apagado, em que a força das americanas Leslie e Thompson derrubaram Karina e Eva, garantindo uma vantagem de 18 pontos para a WNBA (57 a 39); o BCN se reabilitou e virou, com atuações consistentes e vibrantes de Claudinha e Karina. A vitória foi histórica e reafirmou a qualidade e a capacidade do basquete feminino brasileiro.



Claudinha
30 pontos

Helena
23 pontos

Karina
21 pontos

Paula
19 pontos

Eva
04 pontos

Kelly
02 pontos

Adriana
00

Kátia Denise
00




“A número 9 (Claudinha) é realmente fantástica e a número 11 (Helena) fez estragos no nosso time com suas infiltrações. A torcida se divertiu tanto que deveria ter pago o dobro.”

Van Chancellor



Dia 02 de outubro : Paraná Basquetebol Clube 77 x 90 WNBA

O Paraná Basquete Clube bem que se esforçou, mas pagou o preço pela ausência de jogos desde o fim do Campeonato Nacional de 1998. No primeiro tempo, o time resistiu e terminou vencendo(40 a 38), mas não conseguiu segurar as americanas no segundo tempo (77 a 90).



Silvinha 24
Marta 17
Vedrana 14
Patrícia Mara 08
VicKy Bullet 06
Pabliana 05
Cíntia Luz 03
Rosângela 00

Um bronze

! O Bronze é do Brasil !


O ano de 2000 ficará marcado na história do basquete brasileiro pela conquista do nossa segunda medalha na terceira participação da seleção feminina nos Jogos Olímpicos.

Nas Olímpiadas de Sydney, o Bronze foi Brasileiro.

++ A equipe:

Janeth dos Santos Arcain (9)

Alessandra dos Santos de Oliveira (13)

Cíntia Silva dos Santos, a Cíntia Tuiú (14)

Helen Cristina Santos Luz (5)

Cláudia Maria das Neves, a Claudinha (4)

Marta de Souza Sobral (11)

Adriana Aparecida dos Santos (6)

Sílvia Andrea Santos Luz, a Silvinha (12)

Kelly da Silva Santos (15)

Adriana Moisés Pinto, a Adrianinha (7)

Lílian Cristina Lopes Gonçalves (8)

Ilisaine karen David, a Zaine (10)

++ O técnico:

Antônio Carlos Barbosa

++ Os jogos

+ A fase de classificação:

Brasil 76 x 60 Eslováquia

Janeth 24, Alessandra 12, Claudinha 11, Helen 10, Cíntia e Marta 8, Silvinha 2, Kelly 1 e Adrianinha 0.

Brasil 70 x 81 Austrália

Janeth 27, Alessandra 19, Helen 11, Cíntia 8, Marta 3, Silvinha 2, Claudinha, Kelly, Adriana e Adrianinha 0.

Brasil 82 x 48 Senegal

Helen 21, Cíntia e Alessandra 12, Janeth 10, Marta 7, Silvinha e Kelly 6, Adriana e Claudinha 3, Adrianinha 2, Lílian e Zaine 0.

Brasil 70 x 73 França

Janeth 22, Cíntia 18, Alessandra 8, Claudinha e Adriana 6, Helen 5, Marta 3, Kelly 2 e Silvinha 0.

Brasil 60 X 61 Canadá

Janeth 19, Claudinha 11, Helen 10, Cíntia e Alessandra 5, Kelly 6, Marta 4, Adriana, Adrianinha e Silvinha 0.

+ Quartas de final:

Brasil 68 x 67 Rússia

Alessandra 17, Janeth 13, Marta e Adriana 11, Helen 10, Cíntia 4 e Claudinha 2.

+ Semifinais:

Brasil 52 x 64 Austrália

Janeth 21, Alessandra 16, Cíntia 9, Adriana 3, Kelly 2, Silvinha 1, Marta, Claudinha e Helen 0.

+ Disputa do Bronze:

Brasil 84 x 73 Coréia

Janeth 28, Alessandra 26, Claudinha 7, Silvinha e Cíntia 6, Marta 5, Helen e Adriana 3 e Adrianinha 0.

++ Destaques nas estatísticas:

+ Cestinhas:

1a. Janeth - 20,5 ppg

7a. Alessandra - 14,4 ppg

+ Rebotes:

2a. Alessandra - 9,5 rpg

+ Assistências:

8a. helen - 3,1 apg

+ Recuperações de bola

1a. Janeth - 1,8 rpg

Paulista 2000

Paulista 2000/01

Primeira Fase - A Classificação

1) Arcor/ Santo André - A equipe de Laís Elena Aranha surpreendeu na fase classificatória do Paulista. Depois de perder as maiores estrelas (Janeth, Adriana e Marina), a equipe não se abateu. Laís apostou no talento das jovens Vívian, Gigi, Chuca, Cris e Lílian, na experiência de Maristela e Patrícia e na força da búlgara Albena e conseguiu terminar na primeira colocação. Teve suas duas únicas derrotas para o Unimed/Ourinhos, com quem deve cruzar nas semifinais. Encarará ainda as incertezas, já que o patrocínio da Arcor irá para o brejo em 2001.

A cestinha: Albena - 20,6 ppg

A reboteira: Albena - 9,4 rpg

A 'ladra' de bolas - Vívian - 2,6 rpg

A "assistente" - Vívian - 4,2 apg

Barbosa, abra o olho para ... Vívian (e ainda 15,4 ppg)

A nota triste - Fazendo uma bela campanha, a ala Cris se machucou e só volta em 2001.



2) Quaker/Jundiaí - A equipe de Barbosa teve muitos problemas em 2001 e, pensando assim, a segunda posição foi bem satisfatória. Perdeu atletas importantes no campeonato (Marta e Deise). O time melhorou bastante em relação a temporada passada. Adrianinha se adequou bem ao time. Perdeu duas vezes para o Arcor e uma para o Guaru. Resta saber como o time vai responder a ameaça de perda de patrocínio que também ronda por lá.

A cestinha: Adriana - 23,4 ppg

A reboteira: Karina - 8,1 rpg

A 'ladra' de bolas - Adriana - 3,4 rpg

A "assistente" - Adrianas (Santos e Adrianinha) - 3,8 apg

O lado bom do mal - A contusão de Deise e Marta tira do banco e põe na fogueira as promissoras Zaine e Luciana.



3) Arcor/ Santo André - A equipe de Alexandre Cato repete até aqui a boa temporada de 1999, mostrando que o trabalho está no caminho certo. A equipe perdeu suas melhores atletas, e formou um novo grupo com a veterana Roseli, a excepcional croata Korie e ala Aide. O principal problema é nos pivôs, onde falta alguém para ajudar a esforçada Regina Casé.

Pega Unimed/Rio Branco/Americana na primeira semifinal.

A cestinha: Korie - 22,6 ppg

A reboteira: Casé - 7,1 rpg

A 'ladra' de bolas - Korie - 3,1 rpg

A "assistente" - Korie e Sandrinha - 3,1 apg

Barbosa, abra o olho para ... Sandrinha, mais uma armadora baixa e cheia de talento no nosso basquete (10.8 ppg)

É assim que se faz - As experientes Roseli (16.3 ppg e ainda a melhor em bloqueios do campeonato), Aide (10,8 ppg) e Ana Motta (10,2 ppg) estão sempre com disposição e prontinhas para mostrar trabalho. Parabéns !



4) Unimed/Ourinhos - A equipe de Edson Ferreto oscilou muito dentro do campeonato. Os motivos foram muitos: as mudanças na equipe e a chegada das estrangeiras. Mesmo assim, foi a única equipe a conseguir derrotar Santo André. Um time que merece aplausos. Um trabalho muito bem conduzido por Ferreto.

Pega Itatiba na primeira semifinal.

As cestinhas: Patrícia (Paty) e Roseli (Rose) - 14,1 ppg

As reboteiras: Ega e Jacque 5,6 rpg

A 'ladra' de bolas - Patrícia (Paty) - 2,1 rpg

A "assistente" - Pabliana - 3,3 apg

Barbosa, abra o olho para ... Patrícia (Paty). Já merece uma chance de vestir a amarelinha.

Estamos aí ... Rose, Pontello e Roberta não deixam Ferreto na mão.



5) Central de Intercâmbio/Itatiba - A equipe de Marcelo Bandiera estreou em Campeonatos Paulistas mostrando muita vontade. Um grupo de atletas muito jovens, que cresceu bastante com a chegada da armadora argentina Laura Nicolini.

A cestinha: Kattynha - 16,4 ppg

A reboteira: Pati - 5,4 rpg

A 'ladra' de bolas - Laura - 3,9 rpg

A "assistente" - Laura - 4,1 apg

Barbosa, abra o olho para ... Kattynha, uma das grandes novidades da temporada.



6) Unimed/Rio Branco/Americana - A equipe de Paulinho Bassul segue o mesmo caminho de Itatiba, uma equipe de juvenis disposta a surpreender. E o trabalho rendeu bons frutos...

A cestinha: Sílvia - 14,0 ppg

A reboteira: Geisa - 8,9 rpg

A 'ladra' de bolas - Sílvia e Shyronda - 1,9 rpg

A "assistente" - Sílvia - 4,7 apg

Barbosa, abra o olho para ... Sílvia, a maior revelação deste ano e Geisa, a segunda maior reboteira do torneio.



7) Santa Maria/São Caetano - O modesto time de Ayrton Bueno bem que tentou, mas mesmo reforçado por duas americanas não conseguiu ir mais longe. O trabalho, apoiado pela prefeitura local, no entanto, merece aplausos. Regina foi o destaque do time na temporada.

A cestinha: Regina - 17,5 ppg

A reboteira: jennifer - 6,7 rpg

A 'ladra' de bolas - Milene - 3,2 rpg

A "assistente" - Regina - 2,2 apg



8) Toledo/Araçatuba - Mais uma vez, a equipe de Nélson Luz ficou na lanterninha, mas mostrou nomes novos, como a pivô Carla e a armadora Cléia.

A cestinha: Sandra Prande - 20,6 ppg

A reboteira: Edna - 8,1 rpg

A 'ladra' de bolas - Sandra Prande - 3,4 rpg

A "assistente" - Sandra Prande - 4,5 apg

Times Maiores, abram o olho para ... Cléia (16,5 ppg) e Carla (11,6 ppg).

Quartas de Final - Começa a decisão

Guaru e Unimed Americana fizeram um play-off sensacional, definido apenas na quinta partida. Guaru ganhou a vaga ao valorizar o mando de jogo. Ganhou suas três partidas em casa e perdeu as duas fora. Emocionante. Mesmo assim, o time de Americana é a maior surpresa do campeonato e merece mil aplausos. Há muito tempo um time jovem não mostrava tanta fome de bola assim.

No Guaru, o maior destaque continuou a ser a croata Korie. A moça é um espetáculo e a maior responsável pela boa fase do time. Para quem não sabe, a norte-americana Muriel Page também viria para Guarulhos, mas acabou parando na Mngueira. Se tivesse dado certo, a pivô faria do time, junto com Korie, uma potência. Mas, voltando à armadora croata, ela sobra e manteve a fenomenal média de 25 ppg nesta fase. Junto a ela, vem as formiguinhas Sandrinha (16 ppg), Aide (15,8 ppg) e Roseli (17,8 ppg). Toda a vulnerabilidade do time, no entanto, é exposta no garrafão. Regina Casé e Maria Cristina se esforçam, mas não passaram de 7,8 ppg e 6,4 ppg nesta fase. Ana Motta continua contundida.

Em Americana, o destaque maior foi Geisa (Seleção Brasileira Urgente Para Esta Moça, Barbosa!). A jovem pivô marcou em média 18 ppg nesta fase e mostrou que não tem medo de decisão. Fora os rebotes, que eu perdi a conta. Mas, em Americana, não há estrelas; todas são formiguinhas e cada uma contribuiu com seu pedacinho: Shyronda (16,2 ppg), Patrícia (13,2 ppg), Juliana (11,8 ppg - promete também), Loredana (11 ppg - uma grata revelação) e Sílvia (10,6 ppg). Imagine só: jogadoras guerreiras, lutadoras, que jogam com inteligência e apostando no coletivo. Sonho? Não, não. É o Unimed/Americana. No banco, Paulo Bassul dá show. Fez coisas do arco da velha nesta série. Infelizmente, não deu. Mas este time é o que há.

A outra série, entre Unimed/Ourinhos e Central de Intercâmbio/Itatiba não empolgou tanto. Unimed/Ourinhos não teve dificuldade em despachar o esforçado time de Itatiba por 3 jogos a 0. Em Itatiba, o destque foi Kattynha, com 16 ppg nesta fase. O jogo de Ourinhos também é forte, coletivo, o principal problema é a contusão da armadora titular Pabliana, que deixou o time meio perdido. Para complicar, o time perdeu o apoio da prefeitura e dispensou as alas-armadoras Valdice e Shantrice. Nesta fase, todo mundo fez a lição de casa: Paty sai na frente, com 20 ppg, depois vêm Rose (17 ppg), Lígia (13), Roberta (12), Jacque (11) e Ega (9). Agora é esperar para ver...

Semifinais Surpreendentes

O primeiro finalista do Campeonato Paulista saiu do embate entre a Associação Atlética Guarulhos e o Quaker Jundiaí. As meninas de Guarulhos não bobearam e eliminaram as favoritas jundiaienses por 3 jogos a 1. O primeiro jogo foi em Guarulhos (94 a 92 para as meninas da casa). Os dois próximos em Jundiaí: 89 a 93 e 94 a 73. A série foi fechada em guarulhos, na quarta partida, com a vitória por 95 a 94.

A equipe de Guarulhos é, realmente, surpreendente. O time voltou a disputar o Campeonato Paulista apenas em 1999 e já fez história. Montou uma equipe modesta, apostando nos talentos locias (como Sandrinha) e em jogadoras renegadas por outras equipes: Geisa e Micaela (BCN), Patrícia (Uniban), Casé e Ana Motta (Arcor). O time ficou com a quinta posição, mas chegou a derrotar o BCN, com Magic Paula & Cia. Por essa campanha, chegou a Liga Nacional, onde, novamente surpreendendo, chegou às semifinais, sendo eliminado por 3 x 1, pelo campeão Paraná.

Para o atual torneio, perdeu muitas atletas e se recompôs apostando, mais uma vez, em atletas desenganadas por outras equipes: Roseli (BCN) e Aide (Quaker) e investiu na contratação de um estrangeira excepcional: a armadora croata Korie Hlede. Deu no que deu. O time está longe de ser completo, o elenco é limitado, as pivôs são inexperientes, mas o time joga com vontade, determinação e é aplicada taticamente. Jogando assim, o time superou uma equipe com maiores valores individuais, mas de jogo coletivo fraquíssimo.

Nas semifinais, foram dois os maiores nomes de Guaru: Korie e Roseli. Não vou mais elogiar Korie aqui, ela é um colosso: 28 ppg nesta fase. Roseli merece muitos aplausos, jogando como ala-pivô, tem partido, sem medo, para a decisão: 20 ppg. O volume de jogo de Sandrinha caiu nesta fase, mas ela se mantém, ao lado de Aide, como peças importantes do time. Média de 11 ppg para a primeira e de 15 ppg para a segunda. Descansem, meninas, e voltem com tudo na final. Nos pivôs, o panorama de Guaru é delicadíssimo, o técnico Alexandre Cato (Parabéns para ele também!) reveza Casé e Maria Cristina na posição 5. No ataque, a produção de ambas, é minguada: 4,5 ppg para Casé e 7,75 ppg para Maria, mas elas lutam com o time e conseguiram uma façanha nesta fase: Guaru, com baixinhas, pegou mais rebotes que o Quaker, que tem Karina, Zaine, Rosângela no garrafão.

O Quaker/Jundiaí empacou nestas semifinais. Se no ano passado, o time veio mal no Nacional; neste ano, as coisas degringolaram quando o time parecia crescer. É lógico que as contusões de Marta e Deise contribuíram para esse mau resultado, mas não foi só isso. O problema maior é o estilo de jogo: extremamente burocrático, centralizadíssimo na pivô Karina ou então na Adriana. Das jogadas tentadas, grande parte consiste nos lances de 2 para Karina ou, então, lances de 3 para Adrianinha e Adriana. Acaba ficando repetitivo e previsível. As outras jogadoras ainda não parecem fazer parte do grupo, muito discretas e satisfeitas na sua mísera condição de figurantes.

Os números apenas comprovam isso. Nas semifinais, Karina teve uma média de 30,25 ppg. Depois vem Adriana, com 24,25 ppg. Adrianinha, em crescimento, manteve a média de 17 ppg. O talento e a juventude desta moça pedem um acompanhamento constante e próximo, pois, muitas vezes, ela parece confundir armação com correria. O restante ainda não mostrou a que veio: Rosângela, que sempre parece que vai, mas acaba ficando, empacou nos 7,5 ppg; Luciana está tendo uma bela oportunidade e pode mostrar mais que os 8,5 ppg desta fase; e, por último, Zaine está uma discrição só em quadra: 2,2 ppg. Talento essas três têm, mas precisam mostrá-lo na prática, pois as outras três andorinhas solitárias não fazem verão.

A outra semifinal, entre Arcor - Santo André e Unimed/Ourinhos, também foi surpreendente e decidida em cinco jogos. Os clubes venceram fora de casa nesta semifinal e, como Santo André tinha a vantagem de jogar três jogos em casa, acabou sendo despachado por Ourinhos. O primeiro jogo em Ourinhos terminou em 75 a 71 para Santo André. Parecia que o Arcor fecharia a série em 3 a 0 em casa, mas perdeu os dois jogos seguintes: 75 a 73 e 93 a 92. Ourinhos perdeu a chance de fechar a série em casa, ao perder de 83 a 80, mas foi com sede de vitória para a Santo André e marcou 87 a 82, tornando-se o segundo finalista do torneio.

Essa passagem de Ourinhos à final, além de surpreendente, é uma prova do trabalho competente desenvolvido pelo técnico Édson Ferreto. O treinador está sempre com elencos modestos, mas pronto a beliscar uma boa colocação. Nesse ano, os adversários foram muitos e o time chegou às semifinais com o elenco reduzido a 8 atletas, mas mesmo assim foi um time mais completo. O time não conta com nenhuma atleta-fora-de-série, mas faz um jogo equilibrado, forte, aplicado na defesa e no qual cada uma cumpre sua função.

Foi isso que Ourinhos mostrou nesta série: superação. Não se pode falar num destaque maior neste time; o destaque é o grupo. A maior pontuadora nesta fase foi a jovem Paty, com 17,8 ppg. Paty também já carimbou seu passaporte para a seleção, só falta Barbosa assinar embaixo. Em seguida, vem a americana Jacque, precisa nos garrafões, com 14 ppg. Ao seu lado Lígia chega com 13 ppg. Na reserva, surgem ainda Ega (6,6 ppg) e Simone Pontello (2,6 ppg). Essas quatro pivôs devem dar muito trabalho a Guaru na fase final. Outro grande destaque é Roberta, com 11,4 ppg. Salve, salve ! A experiente Rose não fez uma série tão exuberante, mas ajudou com 8,6 ppg. Desfalcado da armadora titular, o time surge com Gattei, com 6,8 ppg.

O Arcor foi o melhor time da fase de classificação e talvez chegasse às finais, se não tivesse encontrado justamente com Ourinhos. O jogo da equipe de Santo André não se encaixa tão bem com Ourinhos, por motivos que eu desconheço. Talvez por Ourinhos contar com várias ex-jogadoras da equipe de Santo André (Pontello, Gattei, Rose).

A verdade é que Santo André teria mais facilidade com outro oponente, já que as suas únicas derrotas na fase inicial forma para Ourinhos.

O time vinha jogando bem, mas sofreu uma mudança radical desde a última temporada e conta com jogadoras pouco acostumadas à decisão. Outro duro golpe foi a contusão de Cristina, que vinha fazendo um excelente campeonato. O trabalho de Santo André e de Laís, mesmo com essa derrota, sai fortalecido do Paulista.

Falta maior regularidade ao jogo das meninas de Santo André. Depois da contusão de Cris, Albena virou a maior responsável pela produção ofensiva do time. Nesta série, não foi diferente e a pivô búlgara marcou, em média, 22,6 ppg. A seguir vem Vívian, com 15 ppg, uma bela jogadora que merece ser burilada ao longo do tempo. As veteranas Patrícia e Maristela contribuíram com 11,6 e 9,2 ppg respectivamente. Depois de uma primeira fase apagada, Lílian auxiliou o time com suas bolas de três, somando 10,4 ppg nesta fase. A ala Chuca alterna partidas excelentes com outras medíocres, somando 9 ppg. O jogo da armadora Gigi ainda é insípido e, apesar do talento, necessita de uma pimentinha para passar dos 4,8 ppg.

Final: Guaru X Ourinhos

Nas finais, o aguardado confronto entre A.A. Guaru e Unimed/Ourinhos teve desfecho surpreendente. Não se sabe se pelo cansaço ou pelo peso da decisão, o jogo do time de Guarulhos teve uma sensível queda no play-off final. Com o rendimento baixo das pivôs, e uma queda na produção de Roseli, o time passou a depender mais ainda de Korie. Em Ourinhos, pelo contrário, o jogo foi harmônico, dividido, coletivo e suado. Com essas qualidades, o time papou o Campeonato Paulista 2000. Um título inédito e merecido, que coroa um trabalho árduo e a trajetória do técnico Edson Ferreto. Parabéns!.

Jogo 1 - Ginásio Maria Paschoalick (Monstrinho) - Ourinhos

Unimed/Ourinhos 93 x 82 A.A. Guaru

Jogo 2 - Ginásio João do Pulo - Guarulhos

A.A. Guaru 91 x 88 Unimed/Ourinhos

Jogo 3 - Ginásio João do Pulo - Guarulhos

A.A. Guaru 86 x 96 Unimed/Ourinhos

Jogo 4 - Ginásio Maria Paschoalick (Monstrinho) - Ourinhos

Unimed/Ourinhos 108 x 94 A.A. Guaru

Há muito o que se falar das finais. Um fator não pode ser esquecido: longes do interior, há muito tempo as finais não eram tão prestigiadas. Desta vez, ginásios estiveram lotados em todos os jogos.

O Guaru, de Alexandre Cato, chegou merecidamente às finais, mas não conseguiu segurar Ourinhos. O time centralizou as jogadas em Korie, que foi responsável por 30% da pontuação de Guaru nesta série. A croata fecha sua participação, com 26,5 ppg nesta fase e sendo eleita a melhor jogadora do torneio. É uma excepcional atleta, mas precisava de maior apoio das companheiras, acabando por se desgastar nestes últimos jogos. O jogo de Sandrinha cresceu nas finais. A armadora, apesar de jovem, tem uma segurança e uma seriedade incríveis e mandou ver 17,5 ppg contra Ourinhos. Uma jogadora que promete muito. Aide mostrou o que é capaz de fazer quando está dirigida por boas mãos: segura e polivalente, somou 17 ppg. Roseli manteve-se como peça importante para o time, mas não foi a mesma das semifinais contra Jundiaí. Mesmo assim, sai do campeonato fortalecida e revigorada, depois de passar por tempos amargos. Fez 13 ppg nesta fase. Os pivôs, que são o calcanhar de Aquiles do time, sofreram contra Ourinhos. A produção ofensiva continuou pobre - 8,75 ppg pra Casé e 2,75 ppg para Maria Cristina, e as duas ainda tiveram problemas para segurar o jogo forte de Lígia, Jack e Êga.

O time fica com o vice-campeonato, mas podia ter ido adiante. O trabalho, no entanto, promete. Para o Nacional, o time reincorpora Ana Motta e Eliane e contratou Cléia, de Araçatuba.

Em Ourinhos, o jogo foi forte, solidário e empolgante. Um trabalho surpreendente e comovente. O maior destaque da série foi Lígia, que personifica a garra do time, marcou 18,5 ppg. Logo após, vem Rose, um talento, com 17,5 ppg. Jack, com 16 ppg foi muito importante. Como esquecer Paty, com 15 ppg? E Êga que aproveitou a chance marcando 10,2 ppg? Roberta deixou 8,75 ppg cravados nas finais. A armadora Gattei mandou 7,25 ppg, mas a segurança com que comandou o time deram a garota o título de revelação do torneio. Simone Pontello teve 3 ppg. No banco, Edson Ferreto brilhou e comandou esse time de formiguinhas. Com méritos, foi eleito o melhor técnico do campeonato.

Empolgado pelo título, o prefeito da cidade (o mesmo que cortou verbas no início do ano), promete investimentos pra fazer de Ourinhos um centro de referência em basquetebol. Ver pra crer... Mesmo assim, o time já perdeu a americana Jack.


Centro Esportivo Ourinhos/Unimed - Campeão Paulista 2000/01


Vanessa Gattei, a Gattei; 20 anos, armadora, 1,69m, começou a jogar basquete em Itapira (SP). De lá, foi para o Santo André, onde teve poucas chances.Passou ainda por Americana. Chegou em Ourinhos sem grandes perspectivas, mas a contusão da armadora titular Pabliana lhe deu a grande chance, e Gattei não se fez de rogada. Insegura, no início, seu jogo foi crescendo e ela mostrou muita capacidade. Eleita a revelação do ano pela FPB, em um ano que ocorreram muitas novidades. (Ganhou por um voto de diferença de Sílvia, de Americana).

É a maior assistente do time (3,9 apg). Média de 5,6 ppg.

Roberta Lorencetti, a Roberta; 22 anos, ala, 1,74m é cria de Campinas, com passagens pelas divisões menores da seleção. Teve sua primeira grande chance nessa temporada e não decepcionou.

Média de 11,2 ppg.

Patrícia Perondini, a Paty, 23 anos, ala, 1,81m, iniciou a carreira em Brasília na AABB e passou como juvenil por Campinas e Americana. Sua primeira chance no adulto veio em 97, em Santa Bárbara D'Oeste. Voltou a Campinas e depois veio para Ourinhos. Desde então, vem chamando atenção. Uma jogadora promissora.

Foi a melhor da equipe em recuperações de bola (2,2 rpg) junto com Jack. Foi a cestinha da equipe, com 15,6 ppg.

Roseli Epifânio da Silva, a Rose, 32 anos, ala, 1,74m, passou por vários clubes paulistas: Birigui, Prudentina, Tupã, Jomec/Rio Preto e Avareense. Em 1997, chamou a atenção de Laís Elena e transferiu-se para Santo André, onde fez temporadas muito boas. Chamava atenção pela aplicação defensiva e pelo 'jump' preciso. Nas últimas temporada, vinha sendo mal-aproveitada no clube e rumou para Ourinhos, onde ratifica seu valor. Jogadora mais experiente da equipe.

Média de 13,9 ppg.

Soeli Garvão Zakzeski, a Êga, pivô, 23 anos, 1,84m, atuou em equipes de Santa Catarina e Paraná até chegar em Ourinhos. Uma jogadora muito importante para o time e aplicada. Tem um estilo de jogo vibrante.

É a maior reboteira do clube (5,5 rpg) e ainda a maior bloqueadora (1,2 bpg). Média de 6,8 ppg.

Kamila Mucida Paranhos, a Kamila, ala, 18 anos, 1,75m, é a juvenil que completa a equipe. Veio de São Bernardo.

Média de 2,8 ppg.

Jacqueline Nero, a Jack, pivô, 32 anos, 1,84m, é uma pivô norte-americana que veio para o Brasil no início da década de 90 e aqui aprimorou seus fundamentos. Passou várias temporadas em Piracicaba, ficando na cidade até 1996. De lá pra cá, atou no basquete europeu, na WNBA, voltou para o Brasil numa rápida passagem em Santo André (98) e em 2000, veio para Ourinhos.

Média de 13,9 ppg.

Simone Pontello, a Pontello, pivô, 28 anos, 1,85m era uma das apostas de Maria Helena Cardoso para a posição de pivô na seleção brasileira, na qual a atleta se manteve de 1990 até 1994, na conquista do campeonato mundial. Não foi mais convocada e permanece realizando temporadas discretas, mas regulares nos clubes paulistas. Com a boa fase de Jack, Lígia e Êga, Pontello jogou menos este ano, mas sua importância deve crescer com a saída da primeira. Iniciou a carreira no adulto em Sorocaba (até 93), passando por Santo André (até 95), Bauru Tênis Clube (até 97) e voltando a Santo André (até 99). Veio para Ourinhos no Nacional de 2000.

Média de 6,7 ppg.

Lígia Maria de Moraes, a Lígia, pivô, 27 anos, 1,82m é cria de Maria Helena Cardoso, radicada em Piracicaba e Campinas. Teve convocações para a seleção brasileira no ano de 1993 (Sul-Americano e Copa América). Em 1994, jogou em Guarulhos. Passou deste a Avaré, onde foi um dos destaques do Campeonato Paulista de 1996. Foi contratada por Hortência, e seu jogo vistoso sumiu num time com muitas estrelas, o Data Control/Americana (Karina, Vicky, Cynthya Cooper e Silvinha) e onde jogava de ala, e não embaixo do garrafão. No Nacional de 98, foi deslocada para o Vila Nova (GO) e virou xodó da torcida, num time que tinha Helen e Vânia Teixeira e esteve entre as melhores reboteiras do torneio. Ressurgiu em Ourinhos, no Paulista de 99 e tem brilhado desde então.

Média de 13,6 ppg.

Edson Ferreto, o técnico, tem uma história de vida dedicada ao basquete com passagem pelos grandes clubes brasileiros. Passou por Catanduva, Prudentina, Piracicaba, Jundiaí, Araçatuba, Bauru (95-6), Santa Bárbara D'Oeste (97), Vila Nova/Goiânia (98) até chegar a Ourinhos. Os anos passados fizeram bem a Ferreto e, hoje, ele demonstra categoria e competência aprimoradas na caminhada.

Seleção do Campeonato

Adrianinha armadora (Jundiaí)

Korie ala (Guaru) Adriana ala (Jundiaí)

Albena pivô (Santo André) Karina pivô (Jundiaí)

- Edson Ferreto técnico (Ourinhos)

Novela

"Estranhas Coincidências"


Estrelando: Karina Rodriguez

Esse é o nosso capítulo de hoje.

Há até muito pouco tempo atrás, o nome dessa argentina causava discussões apaixonadas. Está certo que os adversários de seu time pudessem até não gostar dela, mas, no fundo, sonhavam que um dia aquela pivô guerreira reforçasse o seu garrafão.

Karina escreveu sua história em muito pouco tempo no Brasil. Os olhos de Maria Helena Cardoso captaram naquela jogadora recém-saída do juvenil um talento e uma capacidade até então inimagináveis. Trazida para o BCN, na época em Piracicaba, o basquete da moça logo cresceu. A fama logo chegou para Karina. Num país que contava com uma geração morna de pivôs, Karina era nitroglicerina pura. Derrubava adversárias, encestava, encestava, e encestava e, de quebra, defendia muito bem.

Todo mundo se espantou com aquela exuberância em quadra e todos perguntamos um dia: "Por que ela não é brasileira?". Quantos dias não sonhamos em ver a seleção, que apenas começava a se destacar internacionalmente, reforçada por aquela jogadora?

E não era apenas uma alucinação, virou fato. Aquele talento argentino gostou da nova casa e queria se tornar uma cidadã brasileira e conseqüentemente uma jogadora da seleção brasileira.

Adoramos e contamos os dias para que a naturalização chegasse.

Enquanto isso, Karina continuou fazendo história nas quadras brasileiras. Jogou com Paula, Hortência, com as duas juntas, com Janeth e colecionou títulos precocemente. Mesmo vendo que a possibilidade de que Karina jogasse pela seleção diminuía progressivamente, todos imaginávamos que Karina continuaria a crescer e que logo demarcaria uma posição de destaque e respeito internacionais.

Tudo parecia muito bom, muito promissor. Hoje é apenas passado. Uma parcela considerável do público começa a se indispor cada vez mais com Karina e ela vem enfrentando um de seus piores momentos.

Karina ocupa nessa novela o papel de vilã e mocinha. Na tentativa de executar o seu projeto-sonho, a pivô percorreu uma trajetória arriscada e delicada nos últimos anos e o momento agora é só de incertezas.

O martírio estava apenas começando em 1998. A carreira da atleta tinha dado uma discreta estagnada em Americana, entre 96-97, e a boa filha voltou a velha casa. Trazida para o BCN, já em Osasco, novamente sobre o comando da fada-madrinha Maria Helena Cardoso, esperávamos ver Karina arrebentar num time que havia sido campeão paulista, com uma equipe renovadíssima. Mera ilusão. Karina se contundiu na primeira partida do I Nacional e passou o torneio de molho. A sua recuperação foi acompanhada da contratação de Magic Paula. Karina ganhou o campeonato paulista de 1998 pelo BCN e foi dispensada, exigência do ranqueamento para que Paula pudesse jogar.

Desempregada, arrumou as malas e foi para Recife, defender o Sport no II Nacional (99), um time que simplesmente não aconteceu. Em meio à campanha anêmica do time, surgiram boatos de problemas no relacionamento da atleta com o técnico do time - o cubano Eduardo Cabrera.

De volta à São Paulo, Karina lutou para emplacar seu projeto de montar uma equipe, com estrutura e incentivo ao trabalho de base. A pivô lutou, lutou, lutou e um dia antes do prazo final para inscrição, não conseguia patrocinadores. Quando o gongo ia estourar, Karina decidiu traçar um macarrão e viu estampado em um dos ingredientes a sua salvação: Caldos Knorr. Karina conseguiu seu sapatinho de cristal e o sonho durou até um pouquinho depois da meia-noite.

Karina montou o time, chamou o técnico Zé Boquinha, com mais experiência em times masculinos e contratou todo mundo que estava dando sopa no mercado, estrangeiras e até pagou a cirurgia de Leila Sobral. O time não decolou, é óbvio. Montado às pressas, deu sinais que poderia engrenar nas semifinais do Paulista, contra o campeão Paraná.

Mas aí, acabou a primeira parte do sonho (ou pesadelo?). A Knorr retirou o patrocínio enquanto Karina anunciava uma possível contratação de Paula para o III Nacional (2000).

Karina conseguiu alongar os capítulos da sua novela.

Arranjou um patrocínio da Quaker. Mas a estrutura recém-formada foi revista. Karina dispensou o técnico Zé Boquinha, algumas atletas, contratou Antônio Carlos Barbosa, contratou mais atletas, até a estrela Razija a 10.000 km de sua melhor forma.

Uma americana saiu no meio do campeonato, Jacqueline Godoy chegou para a outra metade e ...

O time fez uma campanha medíocre no Nacional 2000.

A nossa pivô, mesmo sendo a maior cestinha do campeonato, não conseguiu uma vaga na WNBA.

Ano Novo, Vida Nova! O time mudou de casa em 2001. Karina levou seu sonho para passear em Jundiaí.

Novamente dispensou algumas atletas e contratou outras mais.

Estranhamente atletas que não conseguiam render absolutamente nada na equipe, hoje abalam as estruturas em outros clubes, como a ala Aide.

O time parecia que ia engrenar, principalmente pelo cenário modesto da temporada paulista. Mas nossa heroína viu o príncipe virar sapo mais uma vez. O time nadou 5 metros e nem na praia morreu; morreu afogado mesmo, com a retirada do patrocínio da Quaker.

Desesperada, Karina lutou mais ainda, mas ninguém queria patrocinar o seu sonho.

Quando parecia que ia tudo para o ar, eis que surge um amigo recém-saído de uma outra novela, Wanderley Luxemburgo, e gentilmente pai-trocina o projeto de Karina.

Tentando ser Fênix, Karina contratou mais atletas: a armadora argentina, com uma passagem de destaque por Itatiba, Laura Nicolini e a talentosa Sandra Prande, de Araçatuba.

Poucas partidas depois, o técnico Antônio Carlos Barbosa pulou fora do barco, alegando cansaço e problemas particulares e Karina trouxe outro técnico do masculino (Marcel), pra ver se ele fazia do time um porto dos milagres.

Estranho, né? O cansaço e os problemas particulares de Barbosa só surgiram depois de algumas partidas? Por que não abandonou o barco antes de o torneio começar, dando tempo para que um novo técnico assumisse o trabalho?

E eu fiquei caladinho, nem achei que ia contar essa história porque muitos poderiam não dormir à noite; e isso já parecia Linha Direta.

Mas aconteceram outros dados que eu não preciso ser repórter da Globo para sentir que as coisas não estão legais.

Sandra e Laura vinham sendo titulares do time e estavam até se destacando em algumas estatísticas do Campeonato.

Pois as últimas notícias são de que as duas deixaram o clube por "problemas particulares".

Ah, é?

Então eu sou o Manoel Carlos, autor dos "Laços de Família" e estou aqui fazendo um bico pra ganhar uns trocados nas minhas férias!!!!!!

Vai ter problema particular nesse time assim lá em Pindamonhagaba!

E na minha ficção, eu chego até a pensar que seja porque o Wanderley Luxemburgo, como mostrou na CPI, é tão esquecido, que possa estar se esquecendo de passar o dinheiro para Karina!

E quando eu já não estava aguentando mais esse papo, fui pesquisar pra ver o que os jornais diziam; achando que as minhocas estavam todas na minha cabeça.

Aí, eu dei de cara com essa manchete do Jornal de Jundiaí:

Irritado, Marcel abandona o treino

Segundo o jornal, Marcel ficou chateado com uma suposta brincadeira de Karina, perdeu a compostura e bateu boca com nossa pivô-empresária.

E eu nem faço idéia de quais serão os próximos capítulos: Será que o Marcel vai ter "problemas particulares" também?

Além desses vai-e-voltas como empresária, Karina perdeu o centro também como atleta.

Está há algum tempo longe de sua forma física, o que é até compreensível para quem acumula 'n' funções como Karina faz. Mas isso é justo com a sua carreira, Karina?

Dentro de quadra, Karina passou a centralizar o jogo como nunca. A bola tem que passar pela sua mão em todas as jogadas, seja por exigência sua ou por opção de suas colegas de trabalho.

O time está afundando mais uma vez e para classificar neste Nacional, só com a ajuda de um anjo caído do céu. E não adianta tentar contratar o Caio Blat, porque ele está muito ocupado com o Tarcísio Meira.

Para terminar, sei que Cristal é de outra novela, mas um pouquinho mais de transparência não faria mal para ninguém, nem para o Guilherme Fontes, nem para Wanderley Luxemburgo, nem para Karina e tão pouco para o nosso basquete.

Aguardem os próximos capítulos!

A seleção do século 21

A Seleção do Século 21


A conquista da medalha de bronze pela seleção feminina de basquete em 2000 encerra um ciclo na história do esporte e abre espaço para uma renovação na equipe. Fala-se muito em renovação, mas faz-se pouco.

Em entrevista à Gazeta Esportiva, a ex-jogadora Paula cobrou uma maior ênfase na renovação do plantel brasileiro, lembrando que jogadoras como Claudinha e Silvinha (apesar dos nomes diminutivos) já estão com 25 anos.

A primeira constatação é que o número de jogadoras que podem ser convocadas aumentou. Passamos longe do tempo em que a seleção era Paula, Hortência e mais dez. É claro, no entanto, que a qualidade de dois gênios como foram as duas se dilui agora numa quantidade maior de jogadoras com possibilidade de vestir a amarelinha.

Este ano reserva o Sul-Americano e a Copa América para a nossa seleção, competições que garantem o acesso ao Mundial de 2002. Já estou pressentindo que daqui a pouco vai começar aquela ladainha de que as atletas estão na WNBA, aquele chororô todo.

Cansado de criticar, vou propor uma singela mudança: já que não conseguimos lutar contra a WNBA, por que não lutar contra a preguiça interna?

Vou me inspirar num modelo de um outro esporte que caminha para se tornar mais bem sucedido que o basquete: o Vôlei Feminino.

O novo técnico da seleção feminina está trabalhando a pleno vapor e convocou 15 jogadoras que têm entre 20 a 22 anos, para serem observadas de perto e inseridas na equipe adulta.

Por que o basquete não pode fazer mesmo? Por que não criar agora uma seleção B que possa ser preparada por um membro da comissão técnica e aos poucos ser incorporada à seleção A? Por quê? (Se alguém me mandar uma resposta, fico eternamente grato!)

{Aliás, outra coisa que eu vi no vôlei e quero ver no basquete também são técnicos novos e bons. Estava acompanhando as finais da Superliga Feminina e me encantei com a força de Isabel, iniciante na condição de técnica, mas segura e determinada. Acho que faz bem a presença de pessoas que se dedicaram tanto ao esporte do outro lado da moeda. Para isso até já elegi a representante: Branca. Se a mesma correção que a moça tem nos comentários pela ESPN Brasil se aplicarem à sua postura como técnica, estamos feitos!}

Mas, voltando ao assunto: Por quê?

Aproveitando que a fase de classificação do CNBF se encerrou, vou abrir a discussão. Quem será a cara da seleção no século 21?

Armadoras

1. Helen Luz

É, hoje, a melhor armadora brasileira. Internamente tem se aprimorado de maneira progressiva, aliando a armação ao poderio ofensivo. No cenário internacional, ainda carece de mais provas. O fato de uma contusão a ter afastado das Olimpíadas de 1996 atrasou o processo. A sua sonhada passagem pela WNBA pode ser a chave para uma maior segurança e regularidade de Helen na seleção. Sua presença na seleção sugere a das suas duas outras irmãs: Cíntia e Silvinha, com as quais forma um trio inspiradíssimo. Foi a quinta cestinha da competição nesta primeira fase, a quarta líder em assistências, a terceira em recuperação de bolas, a que mais converteu arremessos de três pontos, a segunda melhor no aproveitamento desses lances, o décimo melhor aproveitamento em dois pontos, e (ufa!) o terceiro melhor aproveitamento em lances livres. Caso se confirme a ida de Helen para a WNBA, ela abre, nesta temporada, espaço para que outras atletas seja testadas.

2. Claudinha

É uma armadora talentosíssima, mas que por ter sido improvisada como ala muitas vezes, ainda não adquiriu todas as qualidades que a posição requer. Já delimitou seu espaço no Brasil há tempo e já desbravou duas temporadas nos EUA. A agilidade e a velocidade a tornam ideal para momentos de revezamento, além do que o estilo diferente do de Helen colabora com o seu jogo. Sua presença na seleção contra-indica a presença de outra armadora de baixa estatura na equipe, já que estas são descendentes de seu estilo. Foi a oitava cestinha, a terceira melhor assistente, a sétima em recuperação de bolas, a quinta em maior número de bolas de três pontos, a décima em maior número de lances livres e a nona no aproveitamento de dois pontos. Também deve arrumar as malas para a WNBA e oferecer uma vaga a uma nova cara.

Não posso deixar de comentar que achei patética a cena da discussão de Claudinha com Marta, na última partida da fase de classificação. Juízo, menina (e respeito aos mais velhos)!

3. Adrianinha

Por ser a armadora mais jovem na seleção adulta, teria a prioridade no processo. Na sua juventude, está um dos seus principais defeitos: é afobada e às vezes prioriza a velocidade ao raciocínio na posição. Outro grave defeito é a baixa estatura. Compensam esses problemas o talento da jogadora e seu bom rendimento nas equipes comandadas pelo técnico da seleção Antônio Carlos Barbosa. Adrianinha está na Itália e não se tem notícias da sua performance na terra do macarrão.

4. Karla

Ainda ansiosa em quadra, a armadora reserva do Paraná tem evoluído a cada temporada. É o tipo de jogadora que precisa ser observada de perto e jogar bastante, por isso se encaixaria perfeitamente numa seleção B. Oitavo maior número de arremessos de três.

5. Vanessa Gattei

6. Cléia

7. Sandrinha

As três fizeram boas temporadas no Campeonato Paulista, as quais credenciam-nas a sonhar com uma vaga na seleção.

Gattei não manteve o mesmo ritmo do regional, mas merece ser observada. Décima primeira melhor assistente.

Cléia teve chances menores no Guaru, mas causou boa impressão. Oitavo melhor aproveitamento em bolas de três pontos.



Sandrinha jogou pouco neste Nacional, mas o próprio Barbosa apontou a menina como a maior revelação do Paulista 1999, o que pode lhe abrir portas.

8. Jacqueline Godoy

9. Erica Vicente

São duas armadoras talentosíssimas que se encontram no basquete universitário norte-americano. Não custa dar uma conferida no basquete das moças, não é?

10. Iziane

O técnico Paulo Bassul promoveu uma mudança corajosa no time juvenil. Despachou as talentosas, mas baixinhas, Eldra e Tina e deslocou a ala Iziane para a armação. E deu certo. O talento e a juventude dessa menina a tornam ideal para a seleção. Nona cestinha do campeonato, sétima em bloqueios, sexta em maior numero de bolas de três pontos, sexta em maior número de lances livres e ... 1,81m!!!

11. Gigi

Tem a vantagem de ter passado pela seleção juvenil, mas está há um bom tempo, sem repetir as boas atuações que nos encheram os olhos. Seu basquete está adquirindo propriedades aquosas: inodoro, insípido e incolor.

Alas

1. Janeth

Janeth já é a cara da seleção. Vou deixar os números falarem por mim: cestinha do campeonato, décima nos rebotes, melhor em assistências, melhor em recuperação de bolas, segunda que mais bolas de 2 pontos marcou, a que mais lances livres cobrou, décima em aproveitamento das bolas de 3 pontos, oitava no de 2 pontos, e primeira no de lances livres. Não precisa falar nada, não é? Graças a seu enorme talento, deve estar ocupadíssima tentando conquistar seu quinto título na WNBA e deixa vaga aberta na seleção.

2. Adriana Santos

Ainda sem ter em seu currículo atuações memoráveis com a camisa amarela, Adriana é figura de destaque dentro do país. Este ano amadureceu bastante em Santo André, na que é, até agora, a sua melhor temporada. Parece ter percebido que não podia se limitar às bolas de três e tem ampliado seu repertório ofensivo. Por vezes, volta a apresentar a irregularidade na sua produção, principalmente por carregar a obrigação de pontuar sempre e muito. Quarta cestinha, segunda em assistências, segunda em maior número de bolas de três, décima nas de dois e sétima nos lances livres, sexto melhor aproveitamento nas bolas de três e décimo nos lances livres. Está lutando por uma oportunidade de jogar no exterior, o que pode colaborar muito para seu amadurecimento e deixar sua vaga neste ano para uma nova atleta.

3. Silvinha Luz

Sua última participação pela seleção, nos jogos de Sydney, foi apagada, mas é a ala da nova geração que mais destaque obteve na seleção. Seu maior problema é a irregularidade, alternando partidas excepcionais, com jogos discretos. (Mas esse não é um defeito só seu, diga-se de passagem.) É outra que brevemente deve estar jogando no exterior. No momento, é uma das maiores esperanças para a nossa seleção em 2001. Sétima cestinha, sexta assistente, segunda em recuperações, quarta em quantidade de três pontos, sétima em dois pontos, quarto melhor aproveitamento de três e sexto no de dois.

4. Lílian

Também leva vantagem por estar na seleção nas últimas temporadas, mas, mesmo internamente, é uma atleta em afirmação. Seu jogo consiste basicamente dos arremessos de 3 (que somam quase 60% de sua produção ofensiva). Tem a vantagem de marcar um pouco melhor que a média. Deve, no entanto, passar a variar mais os arremessos, tentar infiltrações, senão terá o jogo asfixiado em breve. Pode se aproveitar mais da altura, elevando a média de rebotes do time. Foi a terceira atleta que mais converteu bolas de três e o melhor aproveitamento do campeonato.

5. Paty

A chance de Paty deve chegar nesta temporada, já que ela vem chamando a atenção há algum tempo. Como algumas de suas concorrentes, seu defeito é a irregularidade. Mas tem boa estatura, um estilo de jogo próprio e uma boa cabeça. Tranqüila dentro de quadra e taticamente obediente, pode ser uma das caras da seleção no novo século. Décima terceira cestinha.

6. Vívian

É outra que já vem chamando a atenção há algum tempo. Não sei se há espaço para o seu estilo, digamos, rebelde na seleção (Os técnicos parecem ter medo de jogadoras assim). De qualquer maneira, é uma atleta que joga com uma vontade maior que a média. É determinada, concentrada na defesa e não tem medo da decisão. Além disso, concentra seu jogo mais nos arremesso de dois, e vem faltando na seleção uma atleta assim. Junto com Paty, são, hoje, as laterais que precisam ser muito bem observadas. Mais uma vez repito que vê-la como armadora no Santo André me desagrada.Décima nona cestinha, quinta assistente, sexta em recuperação de bolas, sétimo melhor aproveitamento de dois pontos e nono nos lances livres.

7. Cíntia Luz

Ainda não me conformei com a sua ausência em Sydney. Não que Cíntia seja um fenômeno, mas suas qualidades a credenciavam a ser nome certo nos momentos de revezamento, o que não pôde acontecer com as mais jovens. Sua principal virtude é oferecer equilíbrio. Forma um trio que beira à perfeição com as irmãs, e é o vértice mais discreto e seguro deste triângulo. Marca muito bem. No ataque, não força o jogo e acaba pontuando sem estardalhaço. Décima sexta cestinha, sétimo aproveitamento de três pontos e sexto nos lances livres.

8. Micaela

micaela.jpg (35219 bytes)Sempre defendi chances maiores para Micaela na seleção e achei que esse ano, depois das excelentes atuações no Guaru, a garota ia fazer assim ó: BUM! e explodir no Vasco. Por enquanto, veio só a meia-bomba. A gente aguarda a outra metade ansiosamente. É uma das atletas mais velozes e de melhor impulsão no país, mas ainda precisa aprender a usar esses atributos a favor de seu basquete. Décima sétima cestinha e décima bloqueadora.



9. Cristina

Está mais uma vez às voltas com uma contusão no joelho, mas é a melhor ala da nova geração e eu queria vê-la na seleção até de muletas. É uma jogadora completíssima e os anos hão de provar isso!

10. Leila Sobral

Não sei por que, mas só se lembram que Leila existe nas vésperas de competições importantes. Ninguém sabe quais são suas condições físicas e psicológicas, mas se estiver a 60% do que já foi seria o suficiente para querê-la de novo na seleção.



11. Roseli

Depois de ser figura cativa na seleção por toda a década de 90, Roseli ficou de fora nas Olimpíadas de 2000. Merecia ao menos uma pré-convocação. Mas, hoje, são escassas suas possibilidades de voltar à seleção, mesmo com o bom trabalho em Guaru. O maior motivo é que seu jogo ficou monótono, repetitivo, abusando de bandejas forçadas e arremessos desequilibrados. Décima cestinha, quinta bloqueadora, nona em maior número de dois pontos e oitava nos lances livres.

12. Rose

Podem achar que é maluquice, mas se eu pudesse levava Rose para a seleção. Podem achar que ela já tem idade demais, mas eu a levaria para passear com as meninas da seleção, ao menos para que elas aprendessem a arremessar tão bem (e bonito) como Rose faz e para que aprendessem a marcar tão bem como Rose marca. Não sei onde Rose andava antes de aparecer em Santo André já em 98, mas que foi uma pena não terem descoberto ela antes... Ah, isso foi! Vigésima cestinha e melhor aproveitamento de dois pontos do campeonato.

13. Patrícia

Coloco Patrícia, do Santo André, como exemplo de uma jogadora que não foi valorizada enquanto merecia. Apesar de jovem e de fazer temporadas regulares nos clubes, as portas de uma seleção não voltaram a se abrir para ela. (Poderia ter crescido muito se pudesse fazer a transição da seleção juvenil para a adulta numa seleção B.) Hoje, acaba por estar deslocada, cobrindo espaços que surgem graças à sua versatilidade. Mas que é um desperdício, isso é... Quinto melhor aproveitamento nos três pontos.

14. Roberta

É mais uma que tem seleção juvenil na bagagem e está em crescimento no time de Ourinhos. Não custa nada vigiar. Décima no número de bolas de 3 pontos e terceiro melhor aproveitamento.

15. Aide

A ala do Guaru vive o melhor momento de sua carreira, mas dificilmente chegará a seleção. Ela surge aqui na lista pra comentar um erro freqüente que os técnicos do nosso país cometem com freqüência: menosprezar atletas de times pequenos. Pode parecer incrível, mas os treinadores preferem uma atleta ruim de time grande a uma boa de time pequeno. (Não foi à toa, que os finalistas do último Paulista não contavam com nenhuma atleta na seleção). O basquete de Aide esteve, na maioria do tempo, à serviço de equipes menores, sendo que os olhos só se voltaram para a moça depois de ser chamada para o BCN por Maria Helena Cardoso. Décima primeira cestinha e segundo melhor aproveitamento de lances livres.

16. Silvinha

Outra juvenil que já pode freqüentar algumas aulas na seleção adulta.

17. Sandra Leão

Não custa nada vigiar de perto a ala do Paraná.

18. Luciana

Na temporada em que teve mais chances, o grande pecado de Luciana foi a irregularidade. Quem sabe possa se soltar mais numa temporada mais tranqüila...

19. Rosângela

Também não foi por falta de chances que Rosângela não garantiu sua vaga na seleção. Barbosa ofereceu muitas oportunidades, mas até agora ela ainda não disse a que veio.

20. Chuca

A ala vem prometendo já há algum tempo. O seu defeito também não é nada original: irregularidade crônica.

21. Kattynha

Se posiciona bem em quadra, mas ainda está verde (olha a necessidade da seleção B!!), alternando grandes jogadas com furadas inacreditáveis. Mesmo assim, fez um bom trabalho no Regional e comprova suas potencialidades no nacional.

22. Renata Oliveira

A irmã de Alessandra também está na Itália (e parece que muito bem). Que tal umas férias no Brasil?

Pivôs

1. Alessandra

A pivô comprovou seu talento numa temporada européia de destaque. Merece os aplausos e tem vaga assegurada na seleção. Não se sabe se estará disponível este ano.

2. Cíntia Tuiú

A pivô mais técnica do nosso basquete também segue para a WNBA e provavelmente não defenderá a seleção este ano.

3. Kelly

A pivô do Vasco tem tudo para se tornar uma das caras do nosso basquete neste século: talento e uma vaga na WNBA. Que o tempo corra a seu favor! Décima oitava cestinha, segunda reboteira, segunda bloqueadora, oitava maior quantidade de arremessos de 2 e quinto melhor aproveitamento.

4. Mamá

Tida como nome certo na próxima convocação, Mamá é uma das surpresas mais agradáveis dos últimos anos. Vem jogando com uma segurança incrível no Paraná e sendo um dos destaques ofensivos do time, algo muito raro para uma pivô brasileira. Ela merece! Décima quarta cestinha, quarta reboteira, oitava recuperadora de bolas, sexta maior quantidade de dois pontos e segundo melhor aproveitamento.

5. Zaine

Com a entrada de Marcel no Jundiaí, o basquete da moça alçou vôos mais ousados no final da temporada. Também leva vantagem por estar no time nas últimas competições. Pode evoluir bastante, principalmente se utilizar mais a sua leveza para infiltrar e chamar faltas.

6. Êga

É um prazer constatar a evolução de Êga em quadra a cada temporada. Não me recordo de uma pivô brasileira que bloqueasse tanto (e tão bem) como Êga. Aliás, o bloqueio é um fundamento, em geral, ignorado pelas atletas brasileiras. É, sem dúvida, o momento ideal para receber uma convocação. Nona reboteira e melhor bloqueadora.

7. Geisa

Fez uma temporada paulista inspiradíssima no Unimed/Americana, depois rumou para a Espanha. Infelizmente não participou das últimas Olimpíadas, apesar da boa forma. Deve retornar ao Brasil em breve e não pode sair dos olhos de Barbosa.

8. Lígia

Outra que já deveria ter tido novas chances na seleção há algum tempo. Principalmente, porque faz falta ao time uma jogadora que motive as companheiras, aquela disposta a dar a vida por uma bola, um estilo que Lígia representa bem e ausente da seleção desde a saída de Vânia Hernandez. Se bem orientada, pode ajudar bastante o time. Décima quinta cestinha e terceiro maior número de lances livres.

9. Kátia Denise

A pivô do Vasco também já freqüenta a retina de Barbosa. Apesar do tipo físico perfeito para o basquete e para a sua posição, ainda está em afirmação. Precisa se soltar mais, principalmente no ataque. Precisa ser burilada (olha a seleção B aí!) constantemente. Quinta reboteira e sexta bloqueadora.

10. Érica

A juvenil vem chamando a atenção e como já alertou Branca aqui no Painel há tempos: já sobram motivos para ela estar na seleção principal. Oitava bloqueadora.

11. Ana Lúcia

Atleta com passagens pela seleção juvenil, e que Miguel Ângelo testava insistentemente. Foi a maior reboteira do torneio e isso já justifica a necessidade de avaliá-la bem de perto.

12. Maristela

Outra pivô que embora reine soberana no espaço doméstico injustamente não foi brindada com chances na seleção. Mesmo sendo técnica, disciplinada e inteligente, os técnicos deixaram seu brilho restrito ao universo dos clubes. Sétima assistente.

13. Patrícia Mara

Também já teve algumas chances na seleção. Está voltando depois de contusão e ainda não reeditou seus bons momentos, mas é bom observá-la.

14. Patrícia

A pivô de Ourinhos é outro talento que deixaram passar impunemente. É ágil e se coloca bem em quadra, mas em outros fundamentos tem visível dificuldade. Não tenho dúvida, que se já participasse há mais tempo do universo de elite do basquete, estaria entre as melhores.

15. Simone Lima

É um tipo diferente do habitual no Brasil. Uma pivô mais pesada e forte, cheia de talento, mas que precisa jogar mais tempo no clube para atrair os holofotes.

16. Érika Rante

Outra que está no basquete universitário e que chamava a atenção de Miguel Ângelo. Um testezinho não dói!

17. Eliane

Uma das pivôs preferidas de Barbosa está se recuperando de contusão e seria uma incoerência convocá-la agora.

Uma convocação...

Você já viu algum torcedor concordar com a convocação do técnico?

Não!

Nem eu!

Por isso, eu já aviso: Barbosa, nem leve em consideração as palavras deste torcedor aqui.

Falando sério, foi uma das melhores convocações que eu já vi, mas ela tem lá suas falhas e é aqui que eu quero meter meu pronunciado narizinho.

Já fico feliz de perceber que estou mais ou menos por dentro do assunto. Quem leu o artigo "A seleção do século 21" sabe do que eu estou falando!

Armadoras - Adrianinha e Vívian

Tudo bem, Adrianinha fez uma boa temporada italiana, é a preferida de Barbosa, jovem, enfim sobram predicados. Mas não dava pra convocar uma outra, além da Adrianinha?

Sim, porque a Vívian é um estouro, já tinha vaga definida na seleção, mas chamá-la de armadora é um pouco demais.

Ou seja, Adrianinha é a única armadora de verdade em 16 atletas convocadas. E se a menina gripa, contunde (Bate na madeira!). Vamos fazer o quê?

Ah, não-não Barbosa! Não concordo! Não concordo! E não concordo!

Principalmente pela importância que o armador tem no basquete!

Acho um erro tremendo ter feito isso.

Ainda tinha aí, pelo menos, a Karla e a Gattei dando sopa. Fora a Érica Vicente. Não, não e não!

Aproveitando a revolta, vou fazer um alerta. No Brasil, a posição de armadora está sendo maltratada. Depois que Magic Paula, em tempos áureos de carreira, virou ala, todo mundo acha que pode fazer igual. Que ala pode virar armadora e vice-versa. E agora virou moda: todo mundo é ala-armadora. Peraí: nem todo mundo é Paula pra fazer isso não, gente! E essa promiscuidade está fazendo mal ao nosso basquete. Agora é assim: todo técnico que tem uma boa armadora, põe a menina de ala pra aproveitar o talento ofensivo dela. E os que tem uma ala regular (e uma armadora ruim) põe a ala de armadora. E aí que eu vejo muitos erros: Claudinha já chegando aos 26 e tem hora que é ala, tem hora que é armadora. Porque mesmo sendo armadora na essência, os técnicos querem aproveitar sua força ofensiva. Na seleção, nas duas últimas competições esse assunto já rendeu. No Mundial de 98, Paula começou como ala e terminou como armadora, e Helen e Silvinha fizeram o contrário. Em Sydney, tudo igualzinho: Helen começou de ala e terminou de armadora.

Alas - Pati, Micaela, Adriana, Silvinha, Rosângela, Patrícia, Lílian e Chuca

Uma convocação muito boa de Barbosa nas alas.

Mas duas coisas, eu não engulo:

Mais uma vez a ausência da Cíntia Luz. Não quero ficar cansativo, mas ela merece.

De qualquer jeito, seleção é assim mesmo: Tem uma série de excelentes jogadoras nos clubes que não decolam na seleção por questões técnicas, táticas, psicológicas, emocionais, etárias, biológicas, culinárias, geográficas, políticas etc e tal. Cíntia não é a primeira e nem vai ser a última.

Mas o verdadeiro momento de Cíntia era nas Olimpíadas. Então essa crítica eu relevo, em nome da próxima reclamação.

Não consigo justificar por critérios objetivos a convocação da Rosângela.

E não é preconceito, não! Porque eu gosto dela, acho que ela tem talento. Ela pode não acreditar, mas já fui até em ginásio para torcer pra ela.

Mas acho que uma convocação deve se basear em critérios objetivos e Rosângela não tem feito temporadas tão boas assim.

Enfim, eu espero que ela queime a minha língua e faça um belíssimo torneio, mas que à primeira vista é estranho, isso é.

Já avisei aqui que Renata Oliveira está fazendo um belo campeonato na Itália...

Ainda nas alas, achei um gesto nobre incluir a Patrícia de Santo André (eles listam ela como pivô, mas pra mim, ela é ala-pivô). É um sopro na carreira dela, apesar de ela já merecer antes a convocação.

Pivôs - Êga, Zaine, Ana Lúcia, Geisa, Mamá e Kátia Denise

Uma convocação excelente de Barbosa nas pivôs.

O único senão é a ausência de Lígia. Ela também merecia esse prêmio.

A Tesoura e a Língua

A Tesoura e a Língua

Mais uma vez, um assunto incomodou nestes últimos dias no mundo do basquete feminino.

Mas, enquanto as boas notícias não chegam, o jeito é debruçar-nos sobre os velhos erros para que, ao menos, eles parem de ser repetidos.

A seleção está no Peru disputando o Sul-Americano e encarará as argentinas na final do torneio. Se há algum tempo atrás, as garotas de Buenos Aires eram esforçadas coadjuvantes, hoje elas estão esperando qualquer bobeira nossa pra oferecer um presente comprado na Grécia. Realmente, é de se preocupar, já que o basquete lá parece estar sendo melhor gerenciado que aqui. Já fui chamado até de dramático por causa disso, mas depois da prorrogação contra as mesmas argentinas, no Pan99 e da derrota para as canadenses, em Sydney00, eu não assisto mais nenhum jogo com tranqüilidade.

Que consigamos garantir a supremacia ao menos na América do Sul, não é mesmo?

Mas o que chateou esses dias aconteceu antes mesmo do Sul-Americano.

Foi quando o técnico Antônio Carlos Barbosa divulgou seus quatro cortes: Rosângela, Chuca, Ana Lúcia e Kátia Denise.

Tudo bem, não é?

Até previsíveis os cortes.

Muita gente boa reclamou do corte de Kátia Denise, alegando que ela passa por um momento melhor que o da sua concorrente direta: a olímpica Zaine.

Comparando as médias das duas no último Nacional, vemos que elas se distanciam em alguns pontos, sem grande vantagem para nenhuma das duas.

Kátia Denise
(Vasco da Gama)


Jogos: 23
Minutos Jogados: 699
3 Pts Certos: 0.0
3 Pts Tentados: 0.0
3 Pts % acerto: 0.0
2 Pts Certos: 3.4
2 Pts Tentados: 6.7
2 Pts % acerto: 50.7
L. Livre Certos: 1.9
L. Livre Tentados: 2.6
L. Livre % acerto: 73.1

Reb. Defensivo: 4.5
Reb. Ataque: 2.5
Total de Rebotes: 7.0
Assistências: 0.8
Faltas: 2.8
Recup. de Bolas: 1.2
Erros: 2.1
Bloqueios: 0.3
Pontos: 199
Média Pts/Jogo: 8.7
Média Pts/Min: 0.3


Zaine (Jundiaí)


Jogos: 14
Minutos Jogados: 320
3 Pts Certos: 0.0
3 Pts Tentados: 0.0
3 Pts % acerto: 0.0
2 Pts Certos: 4.0
2 Pts Tentados: 6.8
2 Pts % acerto: 58.8
L. Livre Certos: 2.9
L. Livre Tentados: 4.0
L. Livre % acerto: 72.5

Reb. Defensivo: 2.9
Reb. Ataque: 2.4
Total de Rebotes: 5.2
Assistências: 0.5
Faltas: 2.1
Recup. de Bolas: 0.6
Erros: 3.1
Bloqueios: 0.2
Pontos: 153
Média Pts/Jogo: 10.9
Média Pts/Min: 0.5




Para Kátia pesava o fato de ter sido campeã nacional. Para Zaine, o fato de estar há mais tempo na seleção.

Aliás, Zaine, Adrianinha e Lílian formam o que Barbosa considera a "nova base" da seleção e, bem ou mal, serão favoritas por um bom tempo nas listas do treinador.

Enfim, foi uma opção de Barbosa, da qual se pode discordar, mas, enfim, uma opção.

O que chateia mesmo é o modo como Barbosa justifica suas opções.

Não entendo como isso acontece.

Aqui mesmo no Painel, Barbosa nunca foi paparicado, muito pelo contrário. Mas, sempre que houve contato com o treinador, ele se mostrou bastante gentil, conciliador, cuidadoso com as palavras. Admirável.

Mas o fato é que em diversos órgãos de imprensa, as declarações de Barbosa me soam chocantes. E eu me pergunto: por que eu, com a minha língua enorme, um mísero torcedor do Basquete Feminino não tenho a coragem de detonar as mesmas afirmativas que o técnico da seleção Barbosa distribui quando questionam sua conduta?

E eu até perdôo a primeira vez. Mas a segunda, a terceira e a quarta...Tsc, tsc!

Então, vamos aos fatos:

1) Em reportagem da PSN (Belíssimo trabalho do site esportivo, por sinal!), quando questionado sobre a sua opção por Zaine, Barbosa detonou as seguintes declarações:

"Todas elas tiveram a oportunidade, mas as outras meninas treinaram melhor que ela (Kátia Denise)."

"A Katião é uma jogadora que só foi titular do Vasco porque as estrangeiras foram embora. No mais, ela não leva nenhuma vantagem sobre as outras. Ela é uma boa reserva para o time dela e tem o seu valor só pelo fato de ter sido convocada."

Eu fico de cabelo em pé de ler uma coisa dessas!

Mesmo que Barbosa pense isso tudo, não seria melhor guardar só para si ou, no máximo, para seu travesseiro?

Por que menosprezar assim, em público, o trabalho de um atleta jovem com chances reais de brilhar na seleção brasileira?

E só como provocação: Zaine conseguiu se firmar como titular no combalido Jundiaí? Não. Teve essa chance por causa de quê? Da contusão de Marta.

Então...

Mas como eu não esqueço fácil as coisas, eu vou aproveitar pra desenterrar coisas que magoam mesmo quem gosta de basquete neste país!

2) Na época do corte de Cíntia Luz (não volto neste assunto, já falei demais) para as Olimpíadas, as declarações de Barbosa foram igualmente deselegantes.

3) O auge da falta de cuidado do técnico, no entanto, ocorreu em 1999, na fase de preparação para o Pré-Olímpico de Cuba.

Baseado nas estatísticas do último Nacional, a Folha de São Paulo pressionou o treinador quanto às suas escolhas para a posição de pivô.

E Barbosa cometeu essa horrível indiscrição com a pivô Juliana, do Santa Maria (de São Cateano):

"Já tem 24 anos (na verdade, 23). Se fosse tão boa, estaria jogando no BCN, na Arcor ou no Paraná (está no Santa Maria, um time apenas mediano). Não tem muito mais o que evoluir. Não tenho feeling em relação a ela."

Depois quando eu falo que treinador no Brasil tem preconceito com atleta de time pequeno...Rá-rá-rá!

Sobre Patrícia (na época, no Vasto Verde - SC):

"Ela jogou em um time fraco (Vasto Verde-Irmãos Zen/Blumenau), era jogadora de finalização, jogava mais tempo e recebia mais bolas do que as outras."

Para finalizar, o repórter questionou-o sobre Maristela, Simone Pontello e Ângela Brandi. A reposta está resumida na seguinte frase da reportagem:

"Barbosa afirma que não deve convocar NUNCA nenhuma delas."

Por esse e por outras, ...

Já falei demais!

Ó linguas!

Coluna 2

Pra não dizer que não falei de nada

Nunca pensei que isso fosse acontecer aqui no Painel, mas confesso: aconteceu, estou sem assunto. Nosso queridíssimo basquete feminino não está produzindo nada de interessante, de motivante nestes últimos meses que me faça querer sentar na cadeira e escrever, escrever e escrever. A coisa está mais parada o que nunca. Acho que o apagão do governo apagou o basquete também.

Mas também vou comentar o quê? O quê? Sobre a conquista do Sul-Americano pela seleção brasileira? Que suou a camisa pra não cometer a façanha de perder para as argentinas? Não falo, não falo e não falo! Que me importa que as estrelas estavam na WNBA, etc e tal! Vergonha não podemos passar. E ganhar um Sul-Americano de quatro míseros pontos da seleção argentina não chega a ser vergonha, mas que é sinal de alerta, é! Ou o basquete das moças da terra do Ministro Cavalo cresceu muito ou o nosso está ficando pequenininho, pequenininho!

Acho que as duas coisas são verdades! Mas a segunda não é mentirosa nem um pouco. Não sou eu quem estou dizendo. Foi Hortência! A rainha do basquete foi ao 'Bola da Vez' e jogou tudo no ventilador, traçando um panorama desanimador para o basquete feminino nos próximos anos. É claro que pesa nessa avaliação negativa de Hortência os caminhos bambos que o seu Paraná Basquete tem percorrido. Mas para Hortência chegar e dizer uma coisa dessas, é porque estamos mesmo fritos. Já sinto o cheiro do óleo queimando. Para quem só prestava atenção dentro das quadras, muitas diferenças já surgiam quando se comparava Paula e Hortência. Mas fora delas, as estrelas também têm comportamentos absolutamente divergentes. Enquanto Paula abria a boca sempre que achava necessário, Hortência tinha um comportamento mais político, uma visão otimista, a fiel partidária do "roupa suja se lava em casa". Quando, então, a Rainha vai à TV e desce o sarrafo, é porque a coisa está feia, feia.

Não faço idéia de como andam as coisas lá no Paraná. Grande parte do time já se foi e a outra parte está se ajeitando. Já recebi e-mails de garotas que jogam lá e não sabem o que farão com esse sonho que um dia elas julgaram ser possível... Mas o fato de Hortência não conseguir patrocínio para tocar o projeto é a prova de quão grave a situação é. A Rainha sempre puxou patrocínios exuberantes (Nestlé, Data Control, Seara), já chegou ao luxo de montar dois times simultaneamente e agora....NADA? Nem um timezinho? Tsc, tsc!

Lembra desse time?>>>>>>>>>>>>>>>>>

(Agradecimentos ao Márcio, de Ourinhos, pela foto-relíquia!)

Falando em patrocínio, muita gente ficou ouriçada com a conversa de que Karina estava fechando com a Telefônica, mas agora ninguém mais fala no assunto! Ia ser um patrocínão, mas parece que a coisa não andou bem e Karina está atirando pra outras direções (São Bernardo, Sumaré, etc) na tentativa de, mais uma vez, na hora H, conseguir manter seu time vivo. Por enquanto, é ver pra crer! Ou crer pra ver. Você escolhe!

Enquanto, todo mundo dorme, algumas atletas tomam o caminho mais sensato: o do aeroporto! Adriana é a próxima. Deixa Santo André para bater sua bolinha lá na Torre Eiffel. Adrianinha deve ser anunciada nos próximos dias como integrante do Phoenix Mercury e volta para a Itália no final da WNBA, assim como Cíntia Tuiú e Alessandra. Claudinha também não deve voltar depois da WNBA, pois está cheia de contatos na Espanha. Sobram convites para Janeth e, se o Vasco não se pronunciar, corremos sérios riscos de perder "A" jogadora.

Por falar nisso tudo, vamos um pouquinho à WNBA! É incrível o número de mensagens que recebo criticando a liga. A maioria acha os jogos chatos e todos insistem que o nosso Campeonato Nacional é melhor. Eu mesmo não sou o maior fã da WNBA, mas que eles estão há anos-luz de nós, estão! Na organização, na festa, no marketing...Mas pra quem começou a gostar de basquete vendo Paula, Hortência e aqueles placares alucinados, chegar em 2001 e ver um jogo da WNBA que termina 48 a 38 é de entortar o cano. E um dia desses que Helen decidiu uma partida depois de 4 prorrogações e o placar não passou dos 70? Realmente, é um outro mundo e as estrelas lá são as americanas. Janeth está conseguindo ser alvo das atenções lá depois de passar quatro temporadas fazendo o serviço sujo. E, convenhamos, poucas jogadoras têm a sua abnegação, seu pragmatismo e sua genialidade. É, coisa de All-Star.

Ainda na WNBA, estou surpreso com o bom-rendimento de Helen Luz na equipe do Washington. Apostava que apesar do seu talento, a armadora ia ter poucas chances, pelo seu tipo físico e estilo de jogo, mas me enganei redondamente e a moça tem colhido , com méritos, os louros de uma temporada de estréia magnífica na liga americana. Parabéns, Helen! Receba meu abraço carinhoso!

Ainda na WNBA, as pivôs não dão sorte. Cíntia Tuiú, depois de uma temporada excelente em 2000, está se recuperando de cirurgia e com poucas chances de jogo no Orlando. Alessandra também enfrentou contusão e jogou até agora quatro minutos. Mas é assim mesmo, toda temporada eles dão uma sacaneada básica com as meninas. E é uma coisa de colocar elas na 'injured list'. E pra quem perguntar da Kelly, adivinha onde ela está? Acertou: na injured list! Vai gostar de contundir nossas pivôs assim lá em Pindamonhagaba!

Claudinha vai marcando sua presença sem muito brilho na WNBA e vê seu posto de titular ameaçado nesta temporada.

Ainda na WNBA, pra quem curte o campeonato, o site da liga é um show: www.wnba.com . Lá você acha (quase) tudo. E um dia desses, insistiram tanto que eu fui assistir uma jogada da Jackie Stiles (Portland). Meu Deus, parece a Hortência: aquela finta, o rabo de cavalo, etc e tal. Deu saudade, até porque em quadras brasileiras aquele estilo entrou em extinção depois que a Magrela aposentou. Parece que ninguém aqui dá conta de fazer aquilo mais! Por a bola debaixo do braço, infiltrar e encestar. Anota aí garotada os passos: 1) Pega a bola e põe debaixo do braço; 2) Infiltra, deixando sua marcadora lá atrás, boba, atônita e prepara o arremesso, 3) Não importa se a pivô é três vezes mais alta que você, você ainda vai dar um drible no ar; e 4) A bola cai lisa, lisa. Anotaram, agora treina, treina e treina! Porque senão, daqui uns dias, o time do Brasil vai ser assim: três arremessadoras de três pontos e duas pivôs. Ou cinco pivôs! Não é assim a receita, Hortência? Escreve pra contar o segredo (hehehe)!

Mas ainda mais uma vez na WNBA, se você não saca inglês, uma boa opção é o site da PSN. A página deles de WNBA está muito boa mesmo! www.psn.com/br . Dá uma conferida lá!

Falando de PSN, faz pouco tempo que eu conheci este site esportivo. Porque descobrir onde você acha uma mísera notinha sobre basquete na Internet Brasileira é complicado! Muito complicado. E também porque muitos sites começam bem e depois perdem o pique, ou falem, como o Sports-Já.

Mas o trabalho da PSN, chama a atenção no meio. É claro que a cobertura podia ser mais completa, mais presente, mais ágil, mas em comparação aos demais sites esportivos, eles acabam se sobressaindo porque não ficam só copiando e ilustrando matérias prontas e repetidas de agências esportivas.

Nesse sentido, as matérias realmente feitas lá, têm se destacado! Elas levam a assinatura do garoto Claudio Cordeiro, e o menino está mesmo podendo: anunciou as maiores novidades desta época morna com exclusividade e muito antes dos demais: a ida de Helen para a WNBA, os cortes na seleção e, por último, os treinamentos de Adrianinha no Phoenix!

Quem também tá de olho na WNBA é "O Point do Basquete Feminino", do Murilo Guerra.

Mas no meio dessa divulgação da concorrência, eu espero que o Painel nunca venha a perder seus fiéis visitantes, nem a falir (hehehe). Acho difícil com essa verba milionária de que disposmos (hehehe) e essa nossa maravilhosa redação (hehehe), e nossa enorme equipe de produção(hehehe). Nem queiram saber como o Painel é invejado (hehehe)!

Por falar em abundante equipe, muita gente me escreve dizendo coisas que eu acho super-interessantes e que acham que o que eu escrevo tem sentido, então eu gostaria de dizer que caso vocês queiram escrever algo aqui no Painel, eu publico, para provar que mi nhas opiniões não são tão tresloucadas assim. Tem gente que concorda!

Estou analisando ainda uma idéia de criar um espaço só pra quem não sabe o que fazer com a sua paixão pelo basquete: onde jogar, onde aprender, onde arrumar a fita da final dos Jogos Abertos de Não-Sei-Aonde, onde estagiar, onde conseguir emprego, onde conseguir uma mísera chance, onde arrumar patrocínio (como o time feminino de Santos). Porque as dúvidas são cada vez mais freqüentes e eu não tenho resposta pra90% delas. Pelo menos colocando esses pedidos no site, eu fico de consciência limpa.

Pra terminar, hoje (14) começa o Mundial Juvenil. Boa-sorte a nossas meninas e ao técnico Paulo Bassul!

P.s: Até agora batemos Mali e China e perdemos dos EUA. Ps2: Perdemos das russas e disputamos de quinto a oitavo lugar!

Coluna 1

O Painel sobrevive. Não se preocupem. Não sei se deu pra sentir falta, mas é que o vírus Sir Cam invadiu a nossa mega-redação e só agora ela está voltando a ser a mesma. Coisas do mundo moderno! Estou improvisando essa atualização por enquanto, mas volto 100% quando acontecer algo de novo no mundo basqueteiro, porque até o presente momento, nada de (muito) interessante.

É chato que com essa improvisação, o Painel fica parecendo um blog, né? Fiz ele tão bonitinho, com seções separadinhas: as cestas de três, as bolas foras. Mas com a falta de notícias, é melhor condensar tudo em um texto só assim.

Então, vamos lá!

Bem, no cenário dos clubes, pouca coisa mudou.

As indefinições continuam dominando o cenário.

De concreto, vemos a equipe de Americana, também patrocinada pela UNIMED se destacar entre as demais. O projeto é sério, controlado de perto pelas mãos do talentoso Paulo Bassul, conta com a pivô (medalha de prata olímpica) Cláudia Pastor na administração e contratou nas últimas semanas as alas Silvinha Luz e Roseli Gustavo. Vale lembrar que o time já conta com as pivôs Geisa e Êga. Promissor!

Já a Unimed de Ourinhos, ficou com outra irmã Luz, a Cíntia. Uma boa contratação em um time que promete muito para a próxima temporada.

O projeto de Karina ainda não decolou, e pelo andar da carruagem, dificilmente decolará...

Em Jundiaí, chegam Aide (ex-Guaru) e talvez Casé.

O Paraná Basquete realmente fechou suas portas, sem alarde nenhum, uma vergonha-vergonha-vergonha!

Do Vasco, nenhum sinal...

Na WNBA, nada de sobrenatural!

Os times das brasileiras não sobreviveram ao 'pega-pra-capá' dos play-offs.

Alessandra, Cíntia Tuiú, Kelly e Claudinha fizeram temporadas discretas, discretas. Regular!

Helen teve um começo inspiradíssimo no Washington, mas suas oportunidades e participações nos jogos foram minguando ao longo da temporada. Mas já foi Muito Bom!

Adrianinha chegou tarde ao campeonato, mas surpreendeu a todos, esbanjando maturidade e precisão no comando do Phoenix. Ótimo!

O Houston, de Janeth, caiu na primeira rodada, sofrendo um 2-0 do Los Angeles. Mas a temporada foi especial para a atleta, que conseguiu demarcar definitivamente o seu território em solo estrangeiro. Encerrada a temporada, foi eleita "a jogadora que mais evoluiu". Hehehe! Eles ainda não viram nada. Excelente, Janeth, Excelente!

Enquanto isso, a seleção começa os treinamentos para a Copa América, em São Luiz (MA), de 11 a 16 de setembro.

A tarefa não é muito complicada, já que os EUA não vêm. Mas temos as canadenses (de quem perdemos no Pan99, e em Sydney00) e as cubanas.

Conseguir a vaga para o Mundial não deve ser difícil. Mas Barbosa e as meninas deviam aproveitar a oportunidade para convencer, com "C" maiúsculo!

Janeth não vem, está estafada - com toda a razão - de carregar times na costa ininterruptamente há anos: Santo André, seleção brasileira, Vasco e Houston. Férias merecidas para a garota.

Cíntia Tuiú e Alessandra não estão na melhor forma física, mas devem se apresentar a Barbosa.

Outra notícia comentada nos últimos dias é o novo contrato de marketing da CBB. Parece que agora vamos com a empresa de Pelé, que substitui Brunoro.

Precisamos de marketing mesmo!!!!! Divulgação urgente! Não querendo casar as meninas do basquete com pagodeiro...a gente aceita tudo!



Outra notícia intrigante é a possibilidade de que a Copa América seja transmitida pela TV Globo. Acreditam?

Plim-Plim!

É...

'Dias melhores virão!'

Strangers in the Night

Disseram que eu voltei abrasileirada...

As atletas estrangeiras colaboram em muito para que o show permaneça vivo dentro das quadras brasileiras. E esse espaço abrigará um banco de dados sobre esses reforços que fizeram história nos clubes brasileiros.


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Bervely O'Brien

Pivô norte-americana que defendeu o BCN no final dos anos 80.


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Deborah Lee

Pivô norte-americana que defendeu Sorocaba e a Unimed/Araçatuba em 1992.


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Adryenne Moony Goodson

Uma ala norte-americana talentosíssima, de estilo próprio que virou estrela no Brasil, defendendo a Unimed (1992, 1993), Ponte Preta (1994) e Seara (1995). Está na WNBA. Voltou ao Brasil em 2000 para defender a Mangueira-Paraná no Campeonato Carioca e deve estar de volta no Nacional de 2001.


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Kathy Bosuel

Atleta campeã olímpica pelos Estados Unidos, em Moscou (88), que defendeu o Leite Moça/Sorocaba (92), a Cesp/Unimep (93, 94), a Lacta/Santo André (95) e o Seara/Americana (97). Deixou ótimas impressões por aqui, chegando a prometer encerrar a carreira no Brasil, mas sumiu.


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Kathrinna
Pivô norte-americana que serviu o Leite Moça de Sorocaba em 1992.


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Lioudmilla Nazarenko
Essa ucraniana veio para reforçar o Leite Moça/Sorocaba no lugar de Kathrinna em 92. Tinha um jogo bom, forte, mas acabou não fazendo história nas quadras paulistas. Foi vista novamente nas Olimpíadas de Atlanta, como titular da seleção ucraniana.


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Elen Chakirova Bounatiants

Um dos principas nomes da campeã olímpica CEI, em 1992, essa pivô russa foi rebatizada aqui de Elena. Atuou pela Nossa Caixa/Ponte Preta (92, 93) e pela Unimep (95). Forte, inteligente e aplicada, adaptou-se rapidamente ao nosso basquete e ensinou muito sobre defesa a suas adversárias. Está na WNBA atualmente.


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Edna Campbell

Essa armadora norte-americana fez três temporadas em Santo André (92, 93 e 94). Veloz e aguerrida, era um dos destaques do time. Voltando aos Estados Unidos, virou estrela e continua hoje na WNBA e na seleção norte-americana.


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Susan Anderson

Pivô norte-americana que atuou na Lacta/Santo André (93) e no BCN/Piracicaba (95). Tinha um jogo de pouca força, mas de muita técnica e acabava dando conta do recado.


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Letonia Maghee

Necessitando de uma pivô, a técnica Laís Elena mandou buscar essa norte-americana na Turquia em 1994, mas em menos de um mês, viu que não era bem essa que ela queria.


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Karvie Upshawn

Para o lugar de Letônia, veio Karvie, outra norte-americana, também fora de forma física e técnica. Acabou aprendendo alguma coisinha aqui. E voltou defendendo Matão (95) e novamente Santo André (97).


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Donna Harrigton

Pivô norte-americana defendeu a Unimed/Araçatuba em 1993. Tinha um jogo forte e ágil. Voltaria ao Brasil em 94, para defender Santo André, mas se envolveu em um acidente e tenta reconstruir a carreira desde então. Voltou em 96 para Santo André. Está na WNBA.


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Patricia

Uma ala norte-americana contratada às pressas para o Campeonato paulista de 1996, para defender a Polti/Santo André. Ainda era muito inexperiente e passou em branco.


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Jacqueline Nero

Uma pivô norte-americana que radicou-se nas quadras brasileiras. Jogava em Piracicaba (92), onde permaneceu até 95, quando na passagem de ano um problema na emissão de vistos impediu que ela retornasse ao Brasil para defender a Unimep na fase final do Campeonato Paulista. Acabou se queimando. Na semifinal do Nacional de 98, chegou às pressas para defender Santo André.

O técnico Antônio Carlos Barbosa complementa as informações:

"A pivot Jaqueline Nero,teve problema de visto para retornar ao Brasil ,quando foi de folga de natal,a causa foi uma greve nos USA,porém ela conseguiu resolver o problema a tempo de jogar a quarta partida do play off semi-final,entre Unimep X Seara Paulinia, 1x2 para Paulinia, após sua chegada houve a virada para 3x2.Sendo a final entre Lacta 3 x Unimep 1,sendo que logo depois na Taça Brasil,(atual Campeonato Nacional) houve nova final entre Lacta e Unimep,vencida pela Unimep,na cidade de Ponta Grossa,referentes a temporada de 1995."
Está de volta em 2000 na Unimed/Ourinhos.


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Trisha Stanford

Pivô norte-americana que defendeu o BCN/Piracicaba em 1995. Voltaria ao Brasil, mas acabou ficando na ABL.


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Pamela Maghee

Essa norte-americana fazia um bom trabalho no pivô, que garantiu um surpreendente título Sul-Americano ao Leite Moça/Sorocaba em 1993. Voltou ao país em 1996 defendendo o Seara/Americana. Pegava na bola e Pam-Pam-Pam-Pám-Pám! Cesta de Pamela! Está na WNBA.


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Dawn Stanley

A armadora norte-americana esteve rapidinho por aqui defendendo o Leite Moça/Sorocaba no Sul Americano de 1993. Estrela de seleção norte-americana hoje.


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Vanessa Wells

Jogava no modesto time do Guaru de 94. Não decepcionava como ala.


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Valeria Whyting

Hortência buscou essa norte-americana para reforçar o garrafão do seu Seara/Paulínia em 1995. Talentosa, a pivô ficou por apenas uma temporada. Está na WNBA.


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Tammy Jackson

Companheira de Janeth no Houston, a pivô veio defender o Santo André em 1997. Mas parece não ter se adaptado bem ao país, ao time e mesmo ao nosso basquete.


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Razija Mujanovic

A estrelíssima bósnia veio defender a Microcamp em 1996 e fez história. Com certeza, ensinou muito às nossas pivôs. Continuou em 1997, mas sumiu literalmente nas semifinais do Campeonato Nacional deixando o técnico Antônio carlos Barbosa irado. Voltou em 2000 para defender o Quaker, totalmente fora de forma.


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Cynthya Linus Cooper

A bam-bam-bam da WNBA esteve defendendo o Data Control/Americana em 1997. Mostrou a categoria de sempre. Ficou apenas um mês e rescindiu o contrato por problemas pessoais.


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Victoria Andrea Bullet

A pivô chegu aqui encomendada para o Data Control/Americana em 1997. Está desde então acompanhando Hortência, no Fluminense e no Paraná e fazendo história.


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Dena Head

Armadora norte-americana veio para o Data Control (96) substituir Cynthya Cooper. Não deu tempo de mostrar muita coisa.


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Danielette Coleman

Pivô norte-americana de muita técnica e talento, que caiu como um luva no belo e fugaz time do Data Control Net/ Santa Bárbara em 1997.


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Kelly Porter

Pivô norte-americana contratada pelo Data Control Net, que passou a maior parte da temporada contundida.


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Vedrana Grgin

Ala-pivô croata, alta e talentosa, chamou a atenção quando esteve no Brasil disputando o Mundial de Clubes de 1994 e detonou a defesa da Nossa Caixa/Ponte Preta. Em 1997, foi contratada pela Microcamp, por onde jogou o Paulista. Fez sucesso na temporada regular, mas esfriou nos play-offs. Foi contrada por Hortência e desde então brilha como um dos arremessos mais precisos de nossas quadras.


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Elena Tournikidou

A russa campeã olímpica em 1992 chegou por aqui em 1997, contratada pelo BCN/Osasco. Deu fôlego ao jovem time e se tornou uma unanimidade pelo talento indiscutível. Joga também na WNBA e está de contrato assinado com o Vasco.


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Albena Boitchev Branzova

A pivô búlgara defendeu o BCN/Osasco na temporada de 1997. Meio desajeitada, mas esforçada acabou segurando as pontas no garrafão do time. Está na WNBA.

Volta em 2000 no Arcor/Santo André.


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Denick Graves

Ala-armadora norte-americana que fez uma temporada discreta pela Uniban em 1997.


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Margold Clark

Pivô da Uniban em 1997.


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Wendy Palmer

Estrela na WNBA veio reforçar a Microcamp no Nacional de 1998, mas teve pouco espaço no time.


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Carla Stone

Pivô canadense, que veio defender o Vila Nova no nacional de 1998. Talentosa e discreta, sofreu uma dramática contusão que a afastou do time.


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Wanda Ford

Ala norte-americana que já havia defendido Sorocaba na década de 80 e voltou para reforçar o Vila Nova em 1998. Um estilo meio espalhafatoso, mas às vezes, produtivo.


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Darla Simpson

Pivô norte-americana que defendeu a Ulbra no Nacional de 1998.


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Shyronda Mifflin

Armadora norte-americana da Ulbra no Nacional de 1998.

Volta em 2000 no Unimed//Americana.


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Joulia Burieva

Pivô russa de talento e força, mas que parou na mesmice do time da Uniban no Paulista de 1998.


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Christina Braden Moore

Ala-pivô norte-americana que causou boa impressão, mas não decolou no limitado Uniban/São Bernardo.


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Marina Ferragutti

Pivô espanhola que se adaptou muito bem ao basquetebol brasileiro e fez boas temporadas pela Arcor/Santo André em 1998, 1999 e 2000. Expert em ganchos e com cacife nas cestas de três, vai deixar saudades.


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Eva Antonikova

Pivô tcheca que defendeu o BCN/Osasco em 1999. Técnica e disciplinada, se encaixou discretamente num time estelar.


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Irma Vallova

Pivô eslovaca que veio para o Botafogo no Nacional de 1999, mas dores nas costas a impediram de jogar.


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Caritas Henry

Armadora norte-americana que defendeu Campinas no Paulista de 1999 e no Nacional de 2000.


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Clarice Monchaguana

Pivô moçambicana que veio da WNBA para a Knorr/Campinas no Paulista de 1999.


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Nina Bjedov

Pivô croata que veio da WNBA para o BCN/Osasco, por onde jogou na temporada 1999/2000.


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Olga Iakushina

Pivô russa que veio para o Arcor no Nacional de 2000, mas teve dificuldade em se adaptar ao basquete brasileiro.


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Charlotte Lewis

Quem manda essa é o Roberto Sasaki:

" Houve uma jogadora americana chamada Charlote que atuava na Minercal, invariavelmente como titular ao lado de Debora Lee ou Marta na posição de pivô; Atuava na posição 5, e jogava ao lado de Hortência sob o comando de A.C. Vendramini.

Me lembro que era um tanto que desobediente, e me recordo de um fato um tanto que inusitado: houve uma decisão do Campeonato Paulista (ou algo do gênero) entre Minercal e Unimep realizado no Rio de Janeiro, lembram-se disso? O fato foi muito criticado, já que na época tanto os árbritos como o público do Rio não tinham a "experiência" que têm hoje, e dá-lhe decisões polêmicas por parte de uns e copinhos d'água por parte de outros!... enfim, no meio do jogo, numa reposição de bola de lateral, a Hortência não tinha para quem passar a bola, e a única desmarcada era a Charlotte. O problema é que ela nem estava prestando atenção nos apuros da Hortência, mesmo com os gritos dela para chamar a atenção. Bem, não sei se de propósito ou não, o fato é que a Hortência jogou a bola mesmo assim para a Charlotte.... e o que se viu foi a bola bater na nuca da jogadora, que se virou na hora para tomar satisfações com a Hortência. Trash...

Gostaria muito que o Painel a incluísse no 'strangers', pois foi muito importante para seu time na época. (e olha que eu era Unimep...) ... a propósito, a Minercal acabou ganhando este jogo no Rio."

A Super-Branca complementa as novidades:

"Charlotte Lewis reside na Peoria, cidade próxima de Chicago estado de Illinois. Trabalha como professora de Educação Física dentro do presídio da própria cidade. Está muito bem, após ter passado por sérios problemas particulares, entre eles, o falecimento da Mãe e um acidente grave de carro, o qual ela se feriu muito."


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Shantrice

Ala norte-americana ainda voltando á melhor forma que esteve em parte do campeonato paulista de 2000 defendendo o Unimed/Ourinhos. Saiu na fase final, quando a prefeitura local retirou o patrocínio do clube.


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Muriel Page

Pivô norte-americana muito talentosa e inteligente que substituiu Vicky Bullet no Mangueira-Paraná durante o Campeonato Carioca.


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Kathryna Crhesnlaw

Pivô norte-americana que jogou duas partidas por Friburgo no Campeonato Carioca.


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Jaye Barnes e Malikah Wilis

Ala e pivô norte-americanas disputaram um jogo pelo Botafogo no Campeonato Carioca e depois foram defender o Santa Maria no Paulista.


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Chontel Reynolds

Pivô norte-americana jogou por Santos nos Jogos Abertos (00) e por Americana no Paulista.


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Laura Nicolini

Armadora argentina que causou muito boa impressão no time de Itatiba no paulista de 2000. Foi a melhor em recuperação de bolas.


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Alexandra Nagorenchnaya

Tinha até em esquecido dessa pivô russa que tentou ajudar Guaru no Nacional de 2000.


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Korie Hlede

Grande sensação do Campeonato Paulista 2000/01, jogando pelo Guaru essa armadora croata, que joga no Starz da WNBA, está no rol das melhores estrangeiras que já pisaram em quadras brasileiras. Um talento, inteligente, disciplinada como poucas, e sem medo da decisão, Korie é demais!


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Quem mais vem (ou veio) pra cá?

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