14 junho 2007

Basquetv

Aqui vamos comentar a cobertura que TVs e mídia impressa oferecem ao basquete feminino. Estaremos de olho em jornalistas, narradores e comentaristas.

A antepenúltima do SPORTV

Alô amigos do SPORTV!

Por que vocês não mandam um abraço para mim durante as transmissões????

Quem sabe assim eu fico caladinho, caladinho?

Mas vocês pisaram na bola mais uma vez!!

Segunda-feira (19), divulgando os resultados do Nacional Feminino, saiu assim várias vezes na tela: Joinville X Mogi... E o locutor leu direitinho: M O G I!!!! Rá-rá-rá.

Ô, meus amigos!!!!!!! Mogi é do masculino.

Era J U N D I A Í !!!!!! Entenderam?

Beijinho procês!

A penúltima do SPORTV

O pessoal do Sportv deve achar que eu estou perseguindo eles, não é? Pois isso tudo é inveja desse pobre mortal que quer ir trabalhar aí nessa maravilhosa empresa!!! Isso mesmo: Contrate-me, SPORTV! Eu quero auxiliar na programação, selecionando os jogos a serem transmitidos no Nacional, porque quem desempenha essa função deve estar de férias. Só assim para escolher os piores jogos da rodada! Na segunda rodada, foi Vasco X Brasil Juvenil (entediante!!!). Na terceira, Santo André X Brasil Juvenil (Quase engoli a televisão num bocejo!!! Sem contar a paralisação da transmissão por problemas técnicos!). Enquanto isso, tinha Paraná x Santo André, Paraná X Jundiaí, Ourinhos X Guaru ...

Podem mandar um e-mail pra cá, pessoal do SPORTV, que a gente combina o salário. Não pedirei muito. Estou em começo de carreira.

(Um abraço para quem trabalha no SPORTV e desculpem-me e as brincadeiras, mas se a coisa continuar assim, eu não posso ficar calado... He he he!)

Errata

Vou aproveitar aumento de matérias sobre o basquete por causa da final paulista pra provar por a + b como anda (baixa) a qualidade da cobertura do nosso basquete. Assim como Caetano Veloso, que acha que Ivete Sangalo produz algo de melhor qualidade do que os jornalistas que a criticam, vamos mostrar que nosso basquete é (bem) melhor do que a cobertura que ele recebe.

Agência Folha - Interior pode dar fim a jejum de títulos (21h06 -25/01/2001)

"(...) a final de 1996 entre o Microcamp, de Campinas, e o Seara, de Sorocaba."

O Seara era da cidade de Americana. Sorocaba, por sinal, está afastada do basquete desde 1992.

SportsJá - Gattei sai do ABC para brilhar em Ourinhos - São Paulo, 25 de janeiro (SportsJÁ! - Erick Castelhero)

A foto que ilustra a matéria traz a seguinte legenda: "Albena, do Santo André, sofre marcação de Lílian, do Ourinhos: a equipe do Interior levou a melhor e está na final (Perspectiva)"

Só que Albena, mesmo que quisesse, não poderia ser marcada por Lílian, pois elas são da mesma equipe. Quem está na foto é Lígia!

Estadão: Guaru não aceita condição de "zebra"

"O técnico da seleção brasileira, e também de Jundiaí, Antônio Carlos Barbosa, lamentou a desclassificação da equipe, que vive um período de incerteza. A ausência de Marta e Geisa e mais a dificuldade de obter um novo patrocinador para o Nacional, que começa em fevereiro - o contrato com a Quaker termina no dia 31 -, são fatores que comprometeram a atuaação. "

Geisa só poderia estar ausente mesmo, pois joga na Unimed/Rio Branco, de Americana. A jogadora do Quaker que não esteve presente nas semifinais foi Deise.

LANCE!: Hora da decisão

"Ao contrário de Cato, o técnico Edson Ferreto ainda está surpreso com a classificação de Ourinhos, que derrotou a forte equipe de Santo André nas semifinais por 3 a 1."

A semifinal se encerrou há dois dias e vocês já esqueceram o resultado da série? Foram três (3) jogos vencidos por Ourinhos, contra dois (2) de Santo André. Então, foi 3 a 2!

A Gazeta Esportiva: Basquete - 26/01/2001 -22H35 Ourinhos vence primeira partida da final

A vitória, além de colocar a equipe do técnico Édson Ferretto em vantagem na decisão, ainda quebrou um pequeno tabu: Ourinhos não vencia em casa desde as quartas-de-final. O time busca agora superar outro desafio: levar o título paulista para o interior do estado, fato que não ocorre há 15 anos, ou desde 86.

Quem escreveu a matéria deve ter se esquecido da fartura de títulos de Sorocaba até 1991, de Campinas, em 92 e 93, de Piracicaba, em 94, e, por último, novamente Campinas em 1996.

O erro surgiu 'n' outras vezes no mesmo jornal ao longo da semana.

27/01 - 00h17
Do Diário do Grande ABC Eduardo Merli Ourinhos dá o primeiro passo rumo ao título do Brasileiro

E eu, em minha ignorante alma basqueteira, que achava que era o Campeonato Paulista que estava em disputa.

Basquete - 28/01/2001 -21H06
Guaru vence e empata a decisão

Assim como aconteceu na sexta-feira, no primeiro jogo entre as duas equipes, o jogo só foi definido nos últimos segundos. Faltando um minuto para o fim do tempo, o placar apontava 89x88 para Guaru. Na sequência, a equipe da casa perdeu a posse de bola e deu chances de Ourinhos passar à frente. Mas a equipe do técnico Edson Farreto desperdiçou a posse de bola e ainda cometeu falta, que resultou em mais dois pontos para Ourinhos, que fez 91 a 88.

Esse é o autêntico: Escreveu, não leu ! O nome do homem é Ferreto e os dois pontos só posem ter sido para Guaru. Não fosse assim, não ganharia o jogo.

A Gazeta Esportiva - Ourinhos vence e fica a uma vitória do título Guarulhos (SP) -

Como nas outras duas partidas do playoff, Guaru e Ourinhos fizeram nesta noite um jogo bastante disputado. Guarulhos começou melhor e fechou o primeiro tempo com vantagem de seis pontos. No entanto, a equipe do técnico Guerrinha permitiu a reação nos dois quartos seguintes e no final acabou derrotada por 10 pontos.


Guerrinha?! Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!

Agência Folha - Ourinhos pode ser campeão em meio à crise na categoria
21h40 - 30/01/2001- Em São Paulo
Já o Guaru manteve a base de sua equipe e ainda teve o reforço da pivô croata Korie Hlede, cestinha do campeonato, com média de 25 pontos por partida.

O jornalista que escreveu a reportagem pifou, porque Korie não é pivô. É ala-armadora.


Ruth, Raquel e Tonho (da Lua)

Na Internet, a cobertura do basquete é pior que nos jornais. Ontem mesmo (24/01), havia erros em todas as reportagens sobre as semifinais do Nacional. O Sportsjá disse que Albena jogava em Ourinhos (Tsc, tsc! Joga em Santo André!). A Terra que Santo André foi o último campeão paulista (Tsc, tsc! Foi o Paraná/Carapicuíba!). Mas o maior de todos, e que já está se tornando trivial na Gazeta Esportiva, é a confusão com as Helenas. A edição eletrônica do jornal acha que Laís Elena, Maria Helena Cardoso e Heleninha são uma mesma pessoa, que tem tripla personalidade. Em qualquer reportagem em que haja referência a uma das três, a foto é a mesma!

Made in Taiwan

Os jornalistas especializados ou não em basquete fizeram cara feia para o fato de a pivô Alessandra Oliveira ter abandonado a WNBA e acusado a liga de preconceito contra as brasileiras ou estrangeiras. A maioria se apressou em desconfiar da jogadora, insinuando que ela estaria fora de forma, fosse indisciplinada, despreparada ou não tivesse suportado supostos apelos insistentes de Barbosa. Nada do que li me agradou, me passou a sensação da superficialidade tradicional na correria das redações. O fato é que os jornalistas brasileiros parecem temer a WNBA, talvez acostumados com o poderio da versão masculina ou estão hipnotizados pela perfumaria holywoodiana da liga Made in USA. A própia Janeth, três vezes campeã do torneio - e caminhando para a quarta - usou as mesmas palavras para explicar sua situação no Houston por várias vezes. Basta dizer que, recém saída do Mundial da Alemanha em 1998 como cestinha do torneio, a atleta amargou a reserva na WNBA. Se isso não é preconceito ou no mínimo má-vontade com as atletas estrangeiras, é o que então?

O fato é que as coincidências são muitas e talvez temendo analisar a fundo o que já aconteceu e acontece nas equipes da WNBA, a imprensa opta por escolher os motivos mais simples ou sensacionalistas, que podem até ser verdadeiros, mas será que a verdade é assim tão rasa e unânime?

Perguntinha indiscreta (1)

Por que será que a Rede Globo gosta tanto do vôlei? Brasil-sil-sil!

Perguntinha indiscreta (2)

Por que será que é tão diferente a cobertura que o SPORTV faz do Nacional Masculino em relação ao torneio Feminino? Até transmissão simultânea de semi-finais rolou...

Borracharia

Pegue um pôster do Paraná no site da Gazeta Esportiva, que traz ainda uma reportagem especial sobre a carreira de Hortência!

Ritmo de festa

A maioria dos órgãos de imprensa está investindo alto nos Jogos Olímpicos e um trabalho bem simpático é o do Bolimpíadas do site BOL (Brasil On Line) que conta até com cartões das jogadoras. Olha só um exemplo:


Meu ouvido não é pinico - Parte II

Se os jornalistas tivessem o hábito de checar as informações que lhe são passadas por técnicos e jogadores antes de publicá-las, muitas gafes poderiam ser evitadas. Em um delírio, a técnica Laís Elena, do Arcor, disse que a derrota para o Paraná na primeira partida, em Santo André, não deveria abater o time, porque na edição do ano passado o play-off teria começado com uma derrota do Santo André em Curitiba. E os jornalistas adoraram e a maioria dos jornais repetiu a declaração. A FOLHA exibiu a manchete: "Retrospecto é arma do Santo André em decisão". Aí que está o detalhe: no Nacional passado, a série final, realmente começou em Curitiba, só que com vitória do Arcor, não do Paraná!

Não te vi na tevê

Depois de um começo animado, SPORTV e BAND parecem que não vão manter o ritmo na transmissão do Nacional Feminino. Primeiro deixaram de fora o clássico Arcor X BCN (27.04). Agora, a BAND ainda não programou jogo, pela primeira vez, para o sábado (29) e o SPORTV preferiu Quaker X América à Paraná X BCN.

Painel Lá!

O Painel do Basquete Feminino está com um artigo publicado na página de Esportes do Super11.Net. Cofira aqui: www.super11.net/esportes/cadeira/publicados.htm

Falha Nossa!

No canal de Basquete da Estação de Esportes do UOL, saiu a seguinte pérola:

BCN, motivado, recebe o América em Osasco
14h55 - 14/04/2000
L! Sportpress
No Rio de Janeiro

Vice-líder do Campeonato Nacional feminino de basquete e responsável pelo fim da invencibilidade do Arcor/Santo André, o BCN/Osasco quer começar o returno da competição com vitória.

Pela primeira rodada, o time enfrenta o América/Ourinhos, quarto colocado, às 15h40 deste sábado, no ginásio José Liberatti, em Osasco.

"Além de ganhar, precisamos fazer um bom saldo de pontos, para melhorar nosso average, pois esse é o primeiro critério para possíveis desempates", lembrou o técnico do BCN, Nestor Mostério.

Pois é! Mas o Arcor não continua invicto??

Será?

Fábio Sormani anda insistindo muito na idéia de que o confronto direto como critério de desempate seria melhor do que a cesta average. No I CNBF, o desempate entre Vila Nova, Ulbra e Uniban foi um pouco controverso, utilizando-se o confronto direto. Vamos ver o que vai dar esse ano com o critério de average.

Peraê!

Até que as Tvs não tem derrapado muito neste ano, mas... no jogo Arcor x Paraná, Jota Júnior (SPORTV) anunciou o jogo Sport X Casa Branca como um dos da rodada. Deve ter confundido com a visita de Janeth à Casa Branca, né?

Pergunta

Porque os colunistas de basquete no Brasil insistem tanto na NBA?

Aconchego

Luciano do Valle voltou a transmitir basquete feminino, depois de uma longa ausência. Acompanhado da esposa, Luciana do Valle (ex-Luciana Mariano, apresentadora do ex-tinto Basketmania) e de Álvaro José, narrou e torceu pelo Sport no jogo contra o Arcor em Recife.

CUBAGATE

Em seu caderno de Esportes do dia 16, a FOLHA afirmou em reportagem sobre o início do Torneio Internacional de Basquete no Rio de Janeiro que as brasileiras haviam ganho das cubanas por 75 a 70 em Palmas (TO). Não é que o resultado era justamente o contrário: Cuba 75 X 70 Brasil. Alô, alô Renata Lo Prete!!

Circo

A Globo armou seu circo em Jundiaí para transmitir o jogo entre Brasil e Cuba. Mas ainda vai ter que comer muito feijão pra aprender a cobrir o esporte. Miguel Ângelo da Luz estava desconfortável nos comentários. Mas o triste foi o locutor Luiz Roberto, que parecia querer substituir a altura o chato-mor Galvão Bueno. Despejou um festival de baboseiras nos pobres ouvidos dos telespectadores e repetiu n vezes a expressão 'uso ilegal das mãos', mostrando que leu direitinho o livro de arbitragem na noite anterior.

Cesta não é gol

As Tvs brasileiras precisam aprender a cobrir basquetebol. Essa história de replays excessivos não combina com um esporte dinâmico e veloz. Enquanto mais uma cesta é reprisada, o outro time já desceu ao ataque e está concluindo a jogada.

Show de bola

Com a parceria da Traffic, a BAND mostrou evolução na cobertura do jogo Arcor X BCN. Uma narração discreta de Nivaldo Prieto, os comentários sempre bem-vindos de Álvaro José e uma reportagem correta de Adriana Bittar deixaram os fãs do basquete cheios de expectativa para a cobertura do Nacional.

Pelas barbas do Fidel!

Na estréia de um programa chamado Memória, a Band reprisou a partida Brasil e Cuba, no Pan-91 fazendo a alegria de todos os basqueteiros saudosos.

Não vi nada!

A cobertura da revista VEJA sobre a despedida de Paula das quadras limitou-se a meras especulações sobre uma futura gravidez da estrela. Contigo!; CARAS ou Amiga fariam muito melhor...

Previsões !?

Na coluna do dia 01/02/00, o jornalista Melchiades Filho arriscou tudo. Apostou que na noite anterior, o Paraná fecharia a série contra o Arcor por 3 a 0. No final, o Paraná ganhou mesmo, mas muitas noites depois, por 3 a 2. Nisso tudo, ficou um texto que não traça um retrato fiel do que foi o campeonato, longe de ter sido um torneio de time só, de invictos ou de únicas estrelas.

Fazendo História...

Deve ser influência dos 500 Anos: a imprensa preferiu dar um tom épico à final do Paulista de 99. Primeiro, pela possibilidade de o Paraná ser campeão invicto, depois pela virada de Santo André ou quem sabe pelo primeiro título para Carapicuíba... Entendeu? Nem eu!

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