14 junho 2007

Uma convocação...

Você já viu algum torcedor concordar com a convocação do técnico?

Não!

Nem eu!

Por isso, eu já aviso: Barbosa, nem leve em consideração as palavras deste torcedor aqui.

Falando sério, foi uma das melhores convocações que eu já vi, mas ela tem lá suas falhas e é aqui que eu quero meter meu pronunciado narizinho.

Já fico feliz de perceber que estou mais ou menos por dentro do assunto. Quem leu o artigo "A seleção do século 21" sabe do que eu estou falando!

Armadoras - Adrianinha e Vívian

Tudo bem, Adrianinha fez uma boa temporada italiana, é a preferida de Barbosa, jovem, enfim sobram predicados. Mas não dava pra convocar uma outra, além da Adrianinha?

Sim, porque a Vívian é um estouro, já tinha vaga definida na seleção, mas chamá-la de armadora é um pouco demais.

Ou seja, Adrianinha é a única armadora de verdade em 16 atletas convocadas. E se a menina gripa, contunde (Bate na madeira!). Vamos fazer o quê?

Ah, não-não Barbosa! Não concordo! Não concordo! E não concordo!

Principalmente pela importância que o armador tem no basquete!

Acho um erro tremendo ter feito isso.

Ainda tinha aí, pelo menos, a Karla e a Gattei dando sopa. Fora a Érica Vicente. Não, não e não!

Aproveitando a revolta, vou fazer um alerta. No Brasil, a posição de armadora está sendo maltratada. Depois que Magic Paula, em tempos áureos de carreira, virou ala, todo mundo acha que pode fazer igual. Que ala pode virar armadora e vice-versa. E agora virou moda: todo mundo é ala-armadora. Peraí: nem todo mundo é Paula pra fazer isso não, gente! E essa promiscuidade está fazendo mal ao nosso basquete. Agora é assim: todo técnico que tem uma boa armadora, põe a menina de ala pra aproveitar o talento ofensivo dela. E os que tem uma ala regular (e uma armadora ruim) põe a ala de armadora. E aí que eu vejo muitos erros: Claudinha já chegando aos 26 e tem hora que é ala, tem hora que é armadora. Porque mesmo sendo armadora na essência, os técnicos querem aproveitar sua força ofensiva. Na seleção, nas duas últimas competições esse assunto já rendeu. No Mundial de 98, Paula começou como ala e terminou como armadora, e Helen e Silvinha fizeram o contrário. Em Sydney, tudo igualzinho: Helen começou de ala e terminou de armadora.

Alas - Pati, Micaela, Adriana, Silvinha, Rosângela, Patrícia, Lílian e Chuca

Uma convocação muito boa de Barbosa nas alas.

Mas duas coisas, eu não engulo:

Mais uma vez a ausência da Cíntia Luz. Não quero ficar cansativo, mas ela merece.

De qualquer jeito, seleção é assim mesmo: Tem uma série de excelentes jogadoras nos clubes que não decolam na seleção por questões técnicas, táticas, psicológicas, emocionais, etárias, biológicas, culinárias, geográficas, políticas etc e tal. Cíntia não é a primeira e nem vai ser a última.

Mas o verdadeiro momento de Cíntia era nas Olimpíadas. Então essa crítica eu relevo, em nome da próxima reclamação.

Não consigo justificar por critérios objetivos a convocação da Rosângela.

E não é preconceito, não! Porque eu gosto dela, acho que ela tem talento. Ela pode não acreditar, mas já fui até em ginásio para torcer pra ela.

Mas acho que uma convocação deve se basear em critérios objetivos e Rosângela não tem feito temporadas tão boas assim.

Enfim, eu espero que ela queime a minha língua e faça um belíssimo torneio, mas que à primeira vista é estranho, isso é.

Já avisei aqui que Renata Oliveira está fazendo um belo campeonato na Itália...

Ainda nas alas, achei um gesto nobre incluir a Patrícia de Santo André (eles listam ela como pivô, mas pra mim, ela é ala-pivô). É um sopro na carreira dela, apesar de ela já merecer antes a convocação.

Pivôs - Êga, Zaine, Ana Lúcia, Geisa, Mamá e Kátia Denise

Uma convocação excelente de Barbosa nas pivôs.

O único senão é a ausência de Lígia. Ela também merecia esse prêmio.

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